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Instituto Confúcio, da Uepa, estreita laços entre Pará e China

Por Carol Menezes (SECOM)
19/04/2023 17h12

Mais de 5,4 mil alunos já participaram de atividades do Instituto Confúcio, na Universidade do Estado do Pará (Uepa), desde a sua criação, em 2016. Além do ensino gratuito de mandarim, há turmas de Tai Chi, treinamento para HSK e HSKK, que são testes de proficiência do idioma chinês, oportunidades de intercâmbio e atividades de integração cultural. Atualmente, conta com cerca de 480 alunos de mandarim e 30 alunos de Tai Chi. 

De acordo com o diretor, Antônio Carlos Braga Silva, o foco do Instituto não é apenas o ensino da língua e cultura, é muito mais amplo, principalmente no sentido de intensificar a parceria entre o Pará e a China, seja na área econômica, logística, tecnológica e também acadêmica. "Queremos interagir mais e estreitar as relações, para que haja essa troca de conhecimento entra a academia brasileira e academia chinesa", afirma o gestor. 

O Instituto Confúcio é resultado de um convênio entre a Uepa e a Shandong Normal University (SDNU), que representa o estreitamento de relações entre Pará e China, a internacionalização e no fortalecimento das relações institucionais. Nos últimos anos, várias empresas chinesas entraram no Brasil e investiram em diferentes áreas, entre elas, energia renovável, portos, mineração, papel e celulose e saúde. 

A pandemia de Covid-19 fez com que nos anos de 2020, 2021 e 2022, as atividades fossem restritas ao ambiente online e não houve inscrições de alunos novos, até porque os professores chineses tiveram que retornar para a China, até virem novos professores. "Em dezembro fizemos uma cerimônia de reabertura do Instituto, em março deste ano recebemos a nova diretora chinesa do Instituto, juntamente com os novos professores. As inscrições para o curso de mandarim foram reabertas com 420 vagas, e todas foram preenchidas", conta Antônio, informando ainda que ficou uma lista de espera de mais de mil pessoas.
 
No local também são ofertadas aulas de artes marciais, e há inclusive programação para que o o tai chi chuan seja reiniciado a partir de junho. O espaço também é de palestras e workshops sobre medicina chinesa, cultura, literatura, cinema chinês, dentre outros. 

"Ficamos impressionados com a grande busca e interesse das pessoas no mandarim. Neste ano também voltaremos a fazer nossas turmas preparatórias para a prova do HSK, de proficiência em língua chinesa, que vamos realizar no segundo semestre. A pontuação da prova auxilia muito no pedido de bolsa para alunos que querem estudar na China, com tudo pago, para que ele possa se aperfeiçoar na língua. Além disso, vamos incentivar que os alunos que desejam fazer mestrado e doutorado, que possamos auxiliá-los a buscar universidades chinesas dentro de suas áreas de conhecimento e que consigam bolsas de estudos", complementa.

Professor de Língua Portuguesa e de Língua Japonesa, Wanderson Ferreira, iniciou este ano os estudos de mandarim guiado pelo interesse pelas culturas e línguas asiáticas. "Economicamente, a China está em um momento de ascensão, e por isso há muitas empresas que buscam profissionais qualificados em sua área de conhecimento, mas que além disso consigam se comunicar nos idiomas correspondentes. Então, o conhecimento do mandarim pode ajudar a dar algo a mais, um diferencial ao meu currículo, para que eu consiga ter mais oportunidades de trabalho no Brasil e talvez até na China. Além disso, ganhamos uma riqueza cultural ao aprender uma nova língua", defende ele, que revela estar amando as aulas.

"As professoras são muito atenciosas e parceiras. Elas se esforçam para que a gente consiga entender o que querem dizer, o que querem nos ensinar, desde questões de pronúncia até gramaticais", reconhece.