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Fundação Santa Casa é polo permanente de atendimento para os povos originários

Hospital é referência na atenção à saúde de povos indígenas e, entre 2018 e 2019, assegurou cerca de 200 atendimentos a pacientes indígenas

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
19/04/2023 15h50

A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, no decorrer dos anos, tem sido um espaço de referência no atendimento à saúde dos povos indígenas. A instituição abraçou essa causa pela importância do envolvimento profissional no atendimento e criar uma maneira de melhor receber os povos etnicamente diversos.

Em 2018 e 2019, foram realizados mais de 200 atendimentos a pacientes de origem indígena, de 15 diferentes etnias. Em 2020, mesmo com toda a complexidade exigida pelo contexto da pandemia, a área ambulatorial do hospital atendeu 150 indígenas, de vários municípios e das mais diversas etnias. E neste ano de 2023 já foram feitos 62 atendimentos no hospital, entre os atendimentos está o de Yjy’y Araweté, que veio do município de Altamira e é atendida na Santa Casa, desde um ano e dois meses, e hoje está com 15 anos de idade. 

O que reforça a necessidade de se ter profissionais de saúde preparados para lidar com a diversidade cultural desse público, garantindo uma assistência adequada e eficaz. A Fundação Santa Casa é um pólo permanente de atendimento para os povos indígenas de todo o Pará, em parceria com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

"São muitas culturas diferentes. A gente sente essa necessidade no acolhimento e atendimento desses povos, que não são só indígenas, envolve quilombolas, população ribeirinha", informa Valéria dos Santos, coordenadora de Pós-Graduação da Fundação Santa Casa.

Humanização nas UTIs - Nos últimos anos, por conta de aplicação de legislações específicas e reformulação de protocolos, pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da Fundação Santa Casa do Pará contam com equipes multiprofissionais superespecializadas, o que representa um avanço em termos de tratamento. 

“É importante mostrar para toda a sociedade que não é só o médico que atua no trabalho em uma UTI. Existe toda uma equipe na linha-de-frente e na retaguarda para atender esse paciente”, explica a médica intensivista Nelma Machado, coordenadora da área de UTI Adulta.

Das equipes fazem parte, além de médicos e enfermeiros, especialistas como assistentes sociais, dentistas, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e técnicos em enfermagem. 

“A gente cria grupos de assistência individualizada todo dia, na beira do leito. É a equipe de referência ao lado do doente para que a gente consiga redobrar esse cuidado com o paciente e nesse olhar individualizado a gente faz o atendimento aos povos indígenas e a outros grupos de maneira a respeitar suas crenças e direitos de respeito às suas culturas. O atendimento é uma rotina que busca o interesse maior de cada paciente”, destaca a doutora Nelma Machado.

Texto da Ascom / Fundação Santa Casa do Pará