Adepará realiza treinamento preventivo contra Infuenza Aviária no território paraense
Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) comunica que não há nenhum registro da doença no Brasil
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) vem realizando diversas ações preventivas para evitar que a Influenza Aviária entre no Estado, mesmo não tendo nenhum registro da doença no Brasil. Uma dessas ações é o treinamento do serviço veterinário oficial para o atendimento inicial de casos suspeitos da doença. A qualificação começou, nesta segunda-feira (17) e seguirá até quinta-feira (20), no auditório da sede da Agência, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
“Este treinamento é essencial para termos o direcionamento e para que possamos aumentar a sensibilidade do serviço veterinário oficial, diminuindo assim o tempo de reação. Com isso, será mais fácil identificar o ingresso da Influenza e caso ocorra, vamos poder atuar de forma rápida e eficaz para que o foco seja controlado e evite maiores prejuízos tanto para a sanidade animal quanto à saúde da população do estado”, enfatizou o diretor geral da Adepará.
O treinamento é voltado para 27 fiscais agropecuários médicos veterinários que fazem parte do Grupo Especial de Atendimento Sanitário às Enfermidades Emergenciais ou Exóticas (Gease) que atuam nas regionais localizadas em diversos municípios do Estado, com ênfase na Influenza Aviária e NewCastle, que são doenças de notificações obrigatórias.
"É um nivelamento técnico para os servidores, de atualização, considerando o estado de alerta para a Influenza aviária, onde todos devem estar preparados para qualquer ocorrência e que possam agir no campo de forma rápida”, destacou uma das ministrantes Katherine Fragoso, auditora do MAPA.
Além das aulas teóricas, sobre as técnicas e procedimentos para colheita de material, diagnóstico laboratorial, os aspectos clínicos das doenças, plano de contingência, entre outras abordagens, os médicos veterinários também terão aulas práticas em relação as técnicas de necropsia e colheita de amostras, que serão realizadas em laboratório e ainda o simulado de gabinete.
Em relação à Região Norte, o Pará se destaca com a maior produção avícola e a segunda maior atividade do setor agropecuário regional. O segmento de avicultura de corte tem capacidade de alojamento mensal de 3,8 milhões de aves, em aproximadamente 300 granjas. Já o segmento de postura comercial abriga um plantel em torno de 600 mil aves, distribuídas em 30 granjas.
Alerta - O Brasil está em alerta sanitário para a Influenza Aviária e tem reforçado as medidas de prevenção, fortalecendo o sistema de vigilância em aves. A medida mais recente foi a portaria Nº 572/ 2023 do MAPA, que proíbe a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Em função do risco de ingresso e de disseminação da doença, a Adepará reforçou as diretrizes da portaria e suspendeu as autorizações de eventos com aglomeração de aves no Estado por 90 dias.
Desde o anúncio do alerta e com a finalidade de evitar a entrada do vírus no Pará, a Adepará realizou investigação epidemiológica em quase cem granjas de 21 municípios paraenses. Investigou mais de mil aves e coletou amostras biológicas que foram encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, de Campinas/SP.
No ano passado, o Programa executou ações de vigilâncias em 140 municípios com a inspeção de mais de 3 mil aves, monitoramento de sítios de aves migratórias em 131 propriedades e 425 fiscalizações na avicultura em granjas de corte, postura e reprodução.
