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CHOCOLATE PARAENSE

Chocolate artesanal com amêndoa de 'cacau de origem' recebe apoio do Estado  

Empreendedores do segmento precisaram aumentar a contratação de mão-de-obra para dar conta das demandas nesta Páscoa 

Por Rose Barbosa (SEDAP)
07/04/2023 09h58

Produção de chocolate fino paraense tem atraído a atenção de consumidores nesta Páscoa 2023No próximo domingo (9), quando os cristãos celebram a Páscoa, o chocolate artesanal feito com cacau cultivado em solo paraense certamente estará na confraternização não apenas dos paraenses, mas em várias partes do mundo, por conta do fascínio cada vez maior que a amêndoa do fruto exerce em quem a experimenta. Os empresários e chocolateiros do Pará tiveram que aumentar a contratação de pessoal para dar conta de tanta encomenda. O Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), garante o apoio institucional para que a produção da principal matéria prima do chocolate seja cada vez maior e com qualidade.

O Pará é o maior produtor de cacau do Brasil. A projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) através do Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LSPA)  é otimista e confirma que a tendência é de o Pará continuar se mantendo na liderança nacional com uma representatividade de 50,32% da produção nacional. Quando comparada com outros Estados da região Norte, a produção local é líder absoluta com uma representatividade de quase 96%. O prognóstico mostra um aumento de 2% na área colhida da safra da cultura do cacau.

No total, de acordo com os dados da Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira (Ceplac), quase 30 mil produtores no estado cultivam cacau. Do resultado desse cultivo dependem não apenas os apaixonados pelo chocolate de origem fabricado no Pará como os donos de pequenas fábricas artesanais. É o caso da família, dona da empresa 'Da Cruz' que tem a fábrica de chocolate batizada com o mesmo sobrenome, na Região Metropolitana de Belém (RMB), mais precisamente, no bairro da Atalaia em Ananindeua.

Equipe da Sedap visita instalações da fábrica de chocolate paraense ’Da Cruz', em AnanindeuaNão apenas para conhecer, mas como forma de incentivar o trabalho dos proprietários do empreendimento, o secretário de desenvolvimento agropecuário e da pesca, Giovanni Queiroz, visitou a fábrica em Ananindeua esta semana. Recebeu as informações sobre o funcionamento e como é feito o trabalho com mais intensidade na semana que antecede o domingo de páscoa.

“Fico feliz em ver tudo isso acontecendo no Pará. Esta é uma das indústrias que temos de chocolate  no estado, comercializando seus produtos e com perspectivas de ampliação; ficamos satisfeitos, também, em ver o estado se transformando, somos o maior produtor de cacau do Brasil e de qualidade também e isso está comprovado pelos vários prêmios que já recebemos e o destaque que o nosso cacau recebe em eventos dentro e fora do País”, destacou Giovanni Queiroz.

O titular da Sedap recomenda que os paraenses, em especial, prestigiem mais do que nunca nesta Páscoa, os produtos de chocolate feitos com amêndoa do cacau plantado em solo paraense. “Com certeza quem for saborear os ovos e outros produtos feitos com o nosso chocolate de origem vai estar muito feliz nessa Páscoa”, garantiu o secretário de agropecuária e pesca. Ele complementa: “Vamos comer o chocolate produzido do estado do Pará  e valorizar a nossa produção e a nossa condição de realmente fazer o melhor chocolate que o Brasil hoje possui, semana passada organizamos o minifestival exatamente para estimular esse gosto pelo chocolate local”, salientou o secretário. 
 
Preservação ambiental - Quem chega na fábrica de chocolate Da Cruz, além de ser atraído pelo cheiro agradável do produto, se depara com uma plantação de cacau bem ao lado do prédio principal. Segundo Chiara Cruz, uma das donas do local, a  área é preservada e enriquecida de espécies florestais, livre de agrotóxico. O visitante pode acompanhar o processo que vai desde a secagem, passa pela trituração das amêndoas, até o ponto final, quando elas se transformam em chocolate.

A empreendedora disse que aprovou a visita do titular da Sedap, pois mostra como o Governo do Estado se dispõe em apoiar os empreendedores do segmento. Lembrou que os produtores têm recebido todo o apoio para participar de programações importantes como os festivais dentro e fora do Brasil. Ela mesma já integrou a comitiva paraense que participou do Salão do Chocolate de Paris em  e também participou da edição do Minifestival do Chocolate, Flores e Joias realizado no final de semana passada no Polo Joalheiro São José Liberto.

Há 20 anos que a família planta cacau e há cinco instalou a fábrica.  A empreendedora achou promissora a visita do secretário Queiroz. " O governo estadual tem nos dado todo o apoio nas nossas participações em festivais como foi em Portugal,Paris e Salvador,  por exemplo, mas essa visita estreitou esse apoio, pois o secretário pôde ver onde ainda temos dificuldades além de conhecer nossa produção ", analisou a empresária. 

Chiara Cruz diz que esta semana está sendo de trabalho intenso por conta da Páscoa. " Tivemos que contratar mais pessoal, estamos vendo os produtos saindo bastante  e também estamos verificando grande procura  pelas embalagens. Estamos muito felizes", ressaltou.

Geração de empregos e renda
De acordo com a Sedap, os dados levantados pelo Núcleo de Planejamento e Estatísticas da Sedap e da Ceplac mostram que o cacau gera 70 mil empregos diretos e 280 mil indiretos. O incentivo do Estado para a qualificação da amêndoa de cacau no Pará ganhou um reforço com a implantação das escolas-indústrias. O objetivo é oferecer cursos voltados para todas as fases que envolvem o cacau: desde o plantio até a verticalização das amêndoas,  produção de chocolate e derivados.

A secretaria informa que o Pará conta com cinco unidades da Escola Indústria de Chocolate: uma em Altamira, outra em Igarapé Miri, uma em Medicilândia, uma em Castanhal e outra que já está com as obras concluídas em Tomé-Açu – mas que ainda não foi inaugurada. Além dessas, há uma unidade piloto móvel de processamento de chocolate adaptada em um ônibus que está em fase final de transformação estrutural, instalação elétrica e hidráulica.