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AULA PRÁTICA

Parque Estadual do Utinga é laboratório natural para estudantes da Ufra

A visita à Unidade de Conservação possibilitou interação com a fauna e a flora aos futuros engenheiros florestais

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
01/04/2023 12h30

Aliar o conteúdo adquirido em sala de aula com a prática de campo é fundamental em qualquer área de trabalho. Na última sexta-feira (31), acadêmicos da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) tiveram essa experiência durante visita à Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral Parque Estadual do Utinga “Camilo Vianna”, em Belém.

Estudantes de Engenharia Florestal conheceram em detalhes a arquitetura, os materiais utilizados nas edificações, sinalizações, serviços oferecidos e o modelo de gestão do Parque. Também foram analisados pontos positivos sugeridas melhorias.Estudantes de Engenharia Florestal conheceram a estrutura e o modelo de gestão do Parque do Utinga

“Aqui, tudo é tão bonito e ilustra muito bem o que a professora ensina em sala de aula. A gente consegue integrar todos os conceitos com a prática. Acredito que para todos nós, estudantes, esse tipo de experiência faz a gente enxergar o Parque não como turista, mas o lado administrativo, a parte de gestão e todo o cuidado necessário para manter esse espaço”, disse a estudante do 8º semestre, Ananda Martins.

Para o aluno do 10º semestre Lucas Cavalcante, é muito importante ter contato com a natureza. “Para nós, que vamos trabalhar diretamente com o meio ambiente, é fundamental ter essa aproximação que o Parque Estadual do Utinga oferece. Essa vivência acaba instigando a gente a pensar em novas estratégias que aproximem o público da natureza”, ressaltou.

Professora Silvane Vatraz: extensão da teoriaAprendizado - Segundo a professora de Planejamento Ecoturístico na Ufra, Silvane Vatraz, a visitação contribuiu para exemplificar com clareza o conteúdo da disciplina. “A gente utiliza a própria estrutura do Parque como um laboratório, uma extensão da parte teórica apresentada em sala de aula. Portanto, é muito importante esse tipo de experiência, porque oportuniza ao aluno tirar dúvidas e vivenciar o aprendizado na prática”, explicou.

Silvane contou, ainda, que apesar da resistência de alguns acadêmicos por já terem passeado pela UC, o retorno ao local de forma técnica pode proporcionar um conhecimento diferenciado. “Quando os alunos participam das aulas de campo, passam a enxergar de forma diferente, mais técnica. Eles acabam percebendo a importância de fazer essa soma da teoria da sala de aula com a prática aqui, no Parque do Utinga”, acrescentou a educadora.

Localizada próximo à área central de Belém, a UC protege diversas espécies da fauna e da flora da região. Algumas foram descobertas há pouco tempo. Difundir a importância dessa área preservada do bioma amazônico é uma das missões do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), enfatizou o presidente em exercício do órgão, Thiago Valente.

“No processo de gestão de UCs de Proteção Integral, como é o caso do Parque Estadual do Utinga, um dos principais objetivos é exatamente a integração com instituições dispostas a somar esforços, para que de forma coletiva seja possível alcançar a implementação desses territórios, que são especialmente protegidos. Nesse contexto, podemos citar as universidades, que podem utilizar as áreas como grandes laboratórios, não apenas para a qualificação da experiência dos alunos com a natureza, mas para o desenvolvimento de novas pesquisas. Dessa forma, a gente consegue aumentar o fator de proteção e desenvolver cada vez mais o sentimento de pertencimento da sociedade em relação às UCs”, enfatizou Thiago Valente.

Serviço: A Unidade de Conservação de Proteção Integral Parque Estadual do Utinga “Camilo Vianna” fica na Avenida João Paulo II, s/n bairro do Curió-Utinga, em Belém. Funciona de quarta a segunda-feira, das 06 às 17 h. Nas terças-feiras, o espaço é fechado para manutenção. O agendamento para escolas e universidades pode ser feito pelo e-mail: grb.dgmuc@gmail.com.