Técnicos do Ideflor-Bio participam de formação sobre novos métodos de cultivo do cupuaçu
Os profissionais puderam conhecer as novidades na produção da fruta, na base da Embrapa de Tomé-Açu, na região nordeste do Pará
Técnicos do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) participaram, na última quinta-feira (23), de um dia de campo sobre o cultivo do cupuaçuzeiro com a utilização do Kit Cupuaçu 5.0. A iniciativa da Embrapa Amazônia Oriental reuniu especialistas, acadêmicos e agricultores, em Tomé-Açu, na região nordeste paraense, para debater a alta produtividade e boa resistência à vassoura-de-bruxa com o método.
Na ocasião, os participantes puderam conhecer melhor o Kit Cupuaçu 5.0; como tem sido a propagação do projeto com mudas enxertadas e substituição de copas; as boas práticas para o cultivo do cupuaçuzeiro; os principais problemas fitossanitários na cultura do vegetal, além das experiências obtidas.
Para o diretor de Desenvolvimento da Cadeia Florestal do Ideflor-Bio, Vicente Neto, o evento oportunizou um aprendizado in loco sobre tudo o que há de mais moderno no setor produtivo do cupuaçu. Ele também comentou que a fruticultura paraense ganhou destaque nacional com o lançamento das novas variedades de cupuaçu e sobre a importância de uma articulação institucional para fazer com que toda essa referência garanta benefício aos agricultores familiares.
“O nosso Instituto desenvolve através do PROSAF a recuperação de áreas alteradas e degradadas, e dentro desses arranjos a fruticultura tem papel importante, porque ela não só contribui com a recuperação ambiental, mas também atende uma demanda social através dessas áreas e participa do controle da questão dos passivos ambientais. Dessa forma, a gente consegue reduzir, e reduzir de uma forma que essas famílias são contempladas, dentro desses arranjos que promovem a melhoria na qualidade de vida e renda dessas pessoas”, afirmou.
Vicente Neto disse, ainda, que durante o encontro ficou acordado o avanço dessas ações. “Com a melhoria desse material genético, tanto do cupuaçu, como do açaí e do cacau, é fundamental a renovação dessa parceria com a Embrapa, através do Acordo de Cooperação Técnica, que só terá a acrescentar nesse esforço conjunto das instituições, principalmente neste momento em que o Estado assume uma responsabilidade muito grande nesse processo de mudança de paradigma, na forma de produzir e também contribuir com a manutenção da floresta e com a recuperação dos passivos ambientais”, concluiu o dirigente.
O chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário de Paulo Lemos, agradeceu a presença da equipe do Ideflor-Bio no evento. “Vocês não imaginam a minha felicidade pelo dia de hoje, não apenas por compartilhar mais uma inovação que tanto nos orgulha, mas muito mais do que isso, por recebê-los em nossa casa. Pela enorme diversidade de instituições e comissões que estiveram aqui conosco, de diferentes localidades, mas todas imbuídas no espírito de construir um Pará mais forte”, afirmou.
