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Usina da Paz Jurunas/Condor realiza ação de fortalecimento do empreendedorismo feminino

Ação da Usina das Manas levou feira criativa, roda de conversa e show da cantora Keila para a UsiPaz. Dia D da Campanha de Vacinação também foi realizado.

Por Dani Franco (SEAC)
25/03/2023 12h48

A costureira Ariana da Silva, 36 anos e mãe de dois filhos, foi uma das primeiras a montar seu brechó na Usina da Paz Jurunas/Condor. Moradora do bairro da Condor, ela começou a venda na Feira do Beco, na rua da sua casa, no mês passado a Feira foi transferida para a UsiPaz que agora recebe as mulheres empreendedoras em suas ações.

Além de participar na feira, Ariana também é aluna das diversas oficinas que são oferecidas na Usina da Paz. “Eu faço tudo aqui, corte e costura, reparos... todos os cursos da minha área eu faço e agora também estou vendendo aqui. Foi uma verdadeira transformação pra gente aqui no bairro a Usina por conta disso, porque a gente se sente parte, se sente acolhida, é com se fosse também a minha casa”, conta ela.

“O que nós queremos é que as Usinas da Paz possam mesmo ser a casa das pessoas. Esse é objetivo deste grande equipamento do TerPaz, aproximar o poder público da população”. A afirmação do Secretário de Cidadania (Seac), Igor Normando, abriu a programação da Usina das Manas em confluência com a prática já exercida pelos moradores. Segundo o Secretário, a ação veio para consolidar as atividades da comunidade e permitir a troca de experiências com quem vive nos Territórios da Paz.

Ações, como por exemplo, o projeto Mocambo, organizado por mulheres negras dos bairros Jurunas e Condor e que traz a “moeda solidária” com um de seus motes para fortalecer o empreendedorismo das mulheres e do povo negro. “O Mocambo é um movimento afro-descendente, mas não é só para negros, é para todos os que se identifiquem com esse movimento de quebrar os paradigmas da periferia”, explica a educadora social Nanda Lima, uma das coordenadoras do Grupo de Mulheres Negras Maria Felipa Aranha, o Mocambo.

Composta ainda por Jazz Mota e Ruth Ferreira, a roda de conversa teve como tema "Experiências e experimentações das fazedoras de cultura nas periferias de Belém”. A produtora e diretora do Festival Internacional de Cinema Indígena da Amazônia - Ava Amazônia, Jazz, falou sobre o preconceito que ainda envolve mulheres indígenas em contexto urbano e ressaltou a importância de afirmar dentro da comunidade por conta disso. “Eu fui a primeira da minha família a nascer na cidade, mas isso não faz com que eu deixe de ser indígena. É importante que a gente reconheça nossos lugares para nos firmar neles”, pontou. 

Ruth Ferreira, que é historiadora, pesquisadora, ativista e educadora do Museu D'água, Gueto Hub e COP das baixadas também participou da roda ressaltando a cultura que vem sendo produzida nas periferias e o poder criativo da comunidade. 

Segundo Igor Normando, a Usina das Manas deve se tornar uma ação permanente nas Usinas da Paz. “Queremos proporcionar essa troca de experiências e acima de tudo, gerar atividades que possa discutir essa coisa tão nefasta que é o machismo”, finalizou.

Além da roda de conversa, a Usina das Manas também levou serviços de atendimento médico, testes de HIV, Sífilis e Hepatites, emissão de documentos e recebeu o lançamento da Campanha D de Vacinação contra o vírus influenza, realizada pela Secretaria de Saúde (Sespa). 

A cantora da Keila, encerrou a programação com um grande show no anfiteatro da UsiPaz Jurunas/Condor. 

Serviço:
As próximas atividades da Usina das Manas serão nos dias:

26/03 – Usina da Paz Antônia Coelho (bairro Nova União/Marituba)

28/03 – Usinas da Paz Canaã dos Carajás e Padre Bruno Sechi (Bengui)