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Sarau literário encerra celebração pelos 152 anos da Biblioteca Pública Arthur Vianna

Dezenas de artistas, incluindo servidores da Fundação Cultural do Pará, apresentaram música e poesia no hall Ismael Nery

Por Governo do Pará (SECOM)
24/03/2023 22h59

A Biblioteca Pública Arthur Vianna, na sede da Fundação Cultural do Pará (FCP), encerrou na sexta-feira (24) a programação alusiva aos 152 anos de existência, completados neste sábado (25). Com música e poesia, cerca de 30 artistas participaram do sarau literário no hall do Centro de Eventos Ismael Nery, das 18 às 21 h.

Para a diretora de Leitura e Informação, Neila Garcês, a comemoração é uma forma de reconhecimento pela contribuição que a Biblioteca tem dado ao Pará, e ao restante do Brasil, “seja no fomento à informação e na democratização do acesso ao livro, seja também pela contribuição que tem dado às pesquisas acadêmicas realizadas na Amazônia, tendo em vista que o seu acervo é muito procurado”A programação valorizou talentos da Fundação Cultural do Pará

Destaque da celebração, o Grupo "Sarau do Povo da Noite” há seis anos fortalece a poesia nortista. O grupo surgiu do desejo de vários poetas de realizarem um evento em Belém que tornasse a palavra falada protagonista. Rodrigo Oliveira, um dos representantes do grupo, disse que “quase sempre a poesia está ali, atrelada à música, mas não é bem representada. Então, o Sarau do Povo da Noite vem com essa proposta”.

“Está sendo maravilhoso estar aqui vendo muita gente participando, não apenas os convidados, como também os servidores. É sempre um momento de muita energia, que envolve e une essas pessoas”, acrescentou Rodrigo Oliveira. Após a apresentação do grupo, houve apresentações musicais com funcionários da FCP. Um dos participantes, o DJ Me Gusta, mostrou ritmos amazônicos.

"Prata da casa" - Um dos organizadores do evento, Alexandre Rosendo, informou que o objetivo do sarau foi permitir que artistas que trabalham na Fundação fossem protagonistas na celebração pelos 152 anos. "A expectativa é que seja a maior confraternização possível. Um dos intuitos, quando eu comecei a organizar este sarau, é valorizar a ‘prata da casa’; buscar todas as pessoas que têm, de repente, um gigante adormecido dentro de si”, disse Alexandre, acrescentando que “hoje eu sou servidor daqui, mas eu já fui frequentador da Biblioteca, para fazer pesquisas em livros. A Biblioteca fez parte da formação de muitos que hoje trabalham aqui, e muitos que se apresentaram hoje neste sarau”.

Cantor, compositor e apresentador do programa “Nossa Arte, Nossa Gente”, da TV Nazaré, Reginaldo Viana cantou duas músicas brasileiras: a primeira de Eduardo Gudin, um dos grandes parceiros de Paulinho da Viola, e a outra de Milton Nascimento.

Para Reginaldo Viana, a “Arthur Vianna” tem um grande significado. “A Biblioteca me traz diversas memórias afetivas, seja enquanto pesquisador ou aluno, e também como artista. Em 2018, com a parceria da Biblioteca, Fundação Carlos Gomes e Ministério Público do Trabalho, eu pude estar ao lado da escritora Elisa Lucinda, fato que, posteriormente, me levou ao palco com ela”, contou o músico.

Tradição - A Biblioteca Pública Arthur Vianna mantém um dos maiores acervos de livros, discos de vinil, jogos e outros produtos, que superam 8 mil exemplares. O epaço também dispõe de obras raras e antigas, como o primeiro jornal a circular no Pará e “Rimas varias”, de Luis Vaz de Camões, datado de 1685.

A coordenadora da Biblioteca, Socorro Baía, disse que, apesar de seus 152 anos, a “Arthur Vianna” se modernizou, tanto na estrutura física como na concepção de biblioteca viva. “Atualmente, possui um serviço que atende aos mais diferentes públicos, nos diversos setores, que vão desde os livros até os vinis, além de realizar permanentemente programações culturais de promoção da leitura”, informou.

A Biblioteca Pública Arthur Vianna tem serviço permanente, que se ampliou com as Bibliotecas setoriais, pois além do espaço na sede da Fundação Cultural do Pará, é responsável pela coordenação de mais 13 bibliotecas: Biblioteca Francisco Paulo Mendes, na Casa da Linguagem; Biblioteca Vicente Sales, na Casa das Artes; Biblioteca Carmen Souza, no Núcleo de Oficinas Curro Velho, e as nove bibliotecas instaladas nas Usinas da Paz.

Texto: Álvaro Frota – Ascom/Fundação Cultural do Pará