Ideflor-Bio encerra II Workshop sobre concessão de florestas públicas
Evento, em Belém, contou com a participação da Associação Brasileira dos Concessionários Florestais (Confloresta), entre outras entidades
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) encerrou, nesta quinta-feira (23), o II Workshop “Concessão de Florestas Públicas no Estado do Pará”. O último dia de programação, em Belém, oportunizou debates acerca dos desafios das concessões florestais.
O evento contou com a participação de quase cem por cento dos atuais concessionários do Instituto, além de representantes da Associação Brasileira dos Concessionários Florestais (Confloresta), da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), e da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex).
Para tornar o seminário ainda mais interativo, a Diretoria de Gestão de Florestas Públicas de Produção (DGFLOP), organizadora do evento, adotou uma metodologia participativa nesta segunda edição. O método chamado de “chuva de ideias” consiste em uma técnica criativa para que grupos encontrem soluções para problemas específicos. Isso é feito ao reunir uma lista de ideias contribuídas pelos membros da equipe de maneira espontânea.
De acordo com o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a ideia do workshop foi receber os problemas existentes e suas possíveis soluções. “Poder incorporar em nossos processos uma forma que traga melhorias para a relação que existe entre Ideflor-Bio e os concessionários, é de grande importância, porque no final o objetivo é um só. Ter produção em nossas florestas públicas, por meio de uma gestão eficiente, que garanta a sustentabilidade das florestas”.
Diálogo - O diretor executivo da Confloresta, Daniel Bentes, acredita que a nova gestão do Ideflor-Bio está aberta ao diálogo, acolhendo as proposições do setor e provocando ao mesmo tempo a apresentar novas pautas. “Os contratos de concessão são uma novidade. Agora que os mais antigos passaram de dez anos. Foi feito toda uma projeção e expectativa, com base numa projeção de mercado e passado esse período de dez anos, a gente percebe o que funcionou, o que não funcionou, e o Ideflor-Bio está sensível a isso também”.
Para o representante da concessionária RX Agroflorestal, Guilherme Stucchi, foi um momento importante para ter um nivelamento técnico de gestão entre os concessionários e o Ideflor-Bio. “Está sendo muito oportuno esse workshop, primeiro se aproximando das pessoas e toda transição de governo é natural que isso aconteça. Portanto, é uma ocasião oportuna para conhecermos a nova gestão do Instituto, nos atualizarmos dos processos e trazemos algumas demandas e sugestões de melhorias ao processo”.
Intercâmbio - A titular da DGFLOP, Gracialda Ferreira fez uma avaliação positiva do evento. “Primeiro, nós conseguimos colocar num espaço todas as empresas e eles conseguiram socializar entre si os problemas vivenciados no dia a dia. A gente conseguiu integrar a nossa equipe, com a deles, para que tenhamos uma equipe sensibilizada aos problemas e seja possível achar soluções juntas que atendam os dois lados, porque o que a gente quer, é equilíbrio”.
A dirigente disse, ainda, que a intenção é que o Ideflor-Bio continue fazendo a gestão das florestas, por meio das parcerias existentes com as empresas que executam os contratos. “Portanto, o workshop precisa ser constante, precisa acontecer mais vezes, porque ele acaba sendo esse espaço de troca de experiências, de vivências e isso só enriquece o nosso processo cada vez mais”, concluiu Gracialda Costa.
