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Operação das forças de segurança do Pará e Rio de Janeiro combate organização criminosa

Com atuação nos dois estados, os criminosos foram identificados durante investigações e o uso de recursos de inteligência. Houve apreensão de armas e 13 mortes.

Por Marcelo Leite (COSANPA)
23/03/2023 19h42

Secretário Ualame Machado (e), delegado-geral Walter Rezende (c) e o coronel Marcelo Ronald de Souza, do Estado Maior da PM, durante a coletiva sobre o resultado da operaçãoUma operação coordenada pela Polícia Civil do Pará, foi realizada nesta quinta-feira (23) para dar cumprimento a mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de liderar uma organização criminosa responsável por comandar ataques contra agentes de segurança pública no Pará, e por outros crimes nos dois estados.

Pelas redes sociais, o governador do Pará, Helder Barbalho, parabenizou os agentes envolvidos na operação e agradeceu às forças de segurança dos dois estados.

Um dos líderes da organização criminosa que morreram durante a operaçãoDe acordo com as investigações e o uso de recursos de inteligência, a Polícia Civil do Pará identificou que os integrantes da organização, incluindo os líderes, estavam foragidos no Rio de Janeiro, no Complexo do Salgueiro. A partir daí, a troca de informações entre as forças de segurança dos dois estados foi intensificada, até que fosse possível identificar o maior número possível de integrantes da organização criminosa e suas localizações.

Ao longo de outras apurações, também foi identificada a participação dos integrantes da organização em tráfico de drogas e de armas, extorsão a comerciantes e em assaltos a joalherias no Pará e Rio de Janeiro. O objetivo dessas ações era sustentar o grupo e a atuação fora do estado, de onde, segundo as investigações, eles conseguiam comandar os crimes. 

Walter Rezende, delegado-geral da Polícia Civil do ParáResultado - Cinco blindados e dois helicópteros foram utilizados na operação, que contou com a participação de aproximadamente 80 agentes das forças de elite de Inteligência, Batalhão de Operações Especiais (BOPE/RJ) e Coordenadoria de Recursos e Operações Especiais (CORE/PA e RJ), o que resultou na apreensão inicial de 13 fuzis e uma pistola. Há o registro de 13 mortes, entre elas a do principal suspeito de liderar a organização criminosa, foragido do Pará desde 2019.

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, destacou o intenso trabalho desempenhado pela instituição até a operação. “Ao longo dos últimos anos, com apoio de todas as forças de segurança pública, monitoramos a atuação dessa organização criminosa no Pará. Alinhamos nosso trabalho com serviços de inteligência de outros estados do Brasil, montamos uma base de investigação fora, para que chegássemos aos líderes e à realização da operação, que teve suas complexidades, mas foi exitosa, para estabelecermos a paz e a segurança pública para nossa sociedade”, informou Walter Resende.

Secretário Ualame Machado: foco é acabar com organizações criminosas Ualame Machado, secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, também ressaltou o resultado da operação, um trabalho de integração e inteligência interestadual. “Nosso foco é acabar e eliminar qualquer organização criminosa que tente atuar no Pará, e essa foi uma missão complexa, que teve resultado positivo a partir de excelente trabalho de investigação e monitoramento, que durou meses”, disse o secretário.

Monitoramento - Com a operação, umas das estratégias adotadas pelo governo do Estado é a ampliação do número de policiais nas ruas, como forma de garantir a segurança e coibir a atuação de integrantes da organização criminosa pelo Pará.

“O sistema de segurança continua integrado e, neste momento, estamos iniciando uma série de ações que vão reforçar nossa presença nas ruas e operações, para que não tenhamos situações relacionadas a essa operação como justificativa para a ação de criminosos”, destacou o chefe do Estado Maior Geral da PM do Pará, coronel Marcelo Ronald de Souza.