Ideflor-Bio fortalece ações educativas de proteção e recuperação ambiental no Pará
Governo do Pará reforça a proteção ambiental envolvendo a comunidade em iniciativas de preservação em cada uma das 27 Unidades de Conservação
Dir. de Gestão de Unidades de Conservação, Socorro Almeida destaca iniciativas com as comunidades quilombolas e ribeirinhasCom o objetivo de estabelecer diretrizes e estratégias para a execução de ações de conscientização, proteção e recuperação ambiental no Estado, o Programa de Educação Ambiental nas Unidades de Conservação Estaduais do Pará (Peauc) é desenvolvido há um ano sob gestão do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). A iniciativa busca a conservação e a sustentabilidade do patrimônio natural, cultural e histórico das áreas protegidas do Estado, e foi criada por meio da Portaria nº 137, de 11 de março de 2022, para fortalecer a Política Estadual de Meio Ambiente.
As ações do programa envolvem a comunidade e o poder público na proteção da biodiversidade, de acordo com a diretora de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação (DGMUC), Socorro Almeida. “Cada uma das 27 Unidades de Conservação tem o seu projeto de educação ambiental, que leva em conta as peculiaridades das regiões. Entre as ações que conseguimos avançar no âmbito do programa neste primeiro ano, estão as atividades desenvolvidas junto às comunidades quilombolas, ribeirinhas e de forma geral. Atuamos para direcionar que essas comunidades percebam porque não podem caçar determinados animais, os riscos de extinção, da venda e exportação ilícita, a importância dos animais, dos elementos das florestas, entre outros assuntos ambientais”, destaca.
No Parque do Utinga, as ações da equipe profissional vem conseguindo manter o plantel da ararajuba, que estava em extinção O projeto de reintrodução das ararajubas, desenvolvido no Parque Estadual do Utinga, vem conseguindo manter o plantel da espécie, que já estava extinta na Região Metropolitana de Belém; a atuação do Refúgio de Vida Silvestre Tabuleiro do Embaubal, em Senador José Porfírio, que é um dos maiores tabuleiros de quelônios da Amazônia; e a UC Monumento Natural Atalaia, em Salinópolis, são destaques do programa.
No plantel do Parque Estadual do Utinga há as espécies raras e belas de ararajubas“Além de palestras educativas junto à comunidade, no Tabuleiro do Embaubal atuamos, sobretudo, na época da subida dessas tartarugas pra desovar nas praias na unidade de conservação. Já conseguimos aumentar a população animal, resguardar essa subida, o período de madurar os ovos e da soltura deles nos rios. Em Salinópolis, identificamos cinco espécies de tartarugas marinhas em risco de extinção e também temos conseguido resguardar a área e os animais. Esses são alguns dos exemplos dos resultados do programa”, explica.
Trilhas garantem tranquilidade para quem quer desfrutar um espaço verde ao ar livreO programa apresenta cinco subprogramas: a Promoção da Educação Ambiental nas Unidades de Conservação; Comunicação e Produção de Materiais Pedagógicos; Articulação e Parceria Interinstitucional; Formação em Educação Ambiental, para comunidades, professores, técnicos, dirigentes, usuários diretos dos recursos naturais (pescadores, agricultores); Monitoramento das Ações de Educação Ambiental, promovidos nas UCs estaduais.
“Além da continuidade das ações, o nosso intuito é, nesse segundo ano de programa, expandir o trabalho de educação ambiental nas outras comunidades, seguindo com a formação de agentes ambientais comunitários. Em parceria com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), já formamos, em três unidades de conservação, turmas da comunidade que trabalham na sensibilização dos seus vizinhos, amigos, familiares, para que essas pessoas também sejam agentes multiplicadores. Não basta só combater os crimes ambientais, atuar preventivamente é essencial”, diz Socorro Almeida.