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MEIO AMBIENTE

Governo do Pará pretende restaurar 5,4 milhões de hectares de floresta

Já colhendo resultados de várias medidas ambientais, governo institui Grupo de Trabalho para elaborar Plano de Recuperação da Vegetação Nativa

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
17/03/2023 22h32

Nos últimos dias, o Pará foi destaque nacional por não ter nenhum município na lista dos que mais desmatam a Amazônia. Esse resultado é reflexo das diversas ações promovidas pelo governo do Estado, que não se limitam apenas à repressão aos responsáveis pelos danos ambientais, mas também investem na recomposição de áreas degradadas, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).

Uma das estratégias adotadas são os Sistemas Agroflorestais (SAFs), que consistem no cultivo de árvores exóticas ou nativas consorciadas com culturas agrícolas, trepadeiras, forrageiras e arbustivas, de acordo com um arranjo espacial e temporal pré-estabelecido, com alta diversidade de espécies e interação entre elas.Instalação do GT do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa, mais uma estratégia ambiental do Governo do Pará

Em geral, nos SAFs são realizados plantios de sementes ou mudas, que otimizam o uso da terra, conciliando a preservação ambiental com a produção de alimentos, conservando o solo e diminuindo a pressão pelo uso da terra para a produção agrícola. Neste sentido, entender a paisagem social ajuda a transformar queimadas em agroflorestas, e servir de modelo para outros projetos na Amazônia.

Cooperação - Nesta sexta-feira (17) foi instalado o Grupo de Trabalho do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN), no auditório do Palacete Faciola, em Belém. A iniciativa é um instrumento do Programa Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa e visa articular, integrar e promover projetos e ações indutoras da recuperação das florestas e demais tipos de vegetação nativa, contribuindo para a redução de emissões líquidas, por meio do sequestro de Gases de Efeito Estufa (GEE). A meta preliminar é ambiciosa: restaurar 5,4 milhões de hectares de floresta.

O plano será elaborado e supervisionado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). O Ideflor-Bio compõe o Grupo de Trabalho, que fará reuniões preparatórias para identificar desafios e oportunidades, mapear ações de restauração em curso no Pará, promover oficinas de construção do Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa e propor a minuta do plano.

Presidente do Ideflor-Bio, Nilson PintoRestauração florestal - Medidas de comando, controle e combate ostensivo ao crime de desmatamento são necessárias, mas sozinhas não resolvem o problema. De acordo com o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, além de conter o desmatamento é preciso avançar para recuperar o que já foi perdido e restaurar as florestas.

“De alguns anos para cá, por decisão do governador Helder Barbalho, o Estado entrou firmemente no combate ao desmatamento, e nós já podemos festejar um decréscimo nas taxas”, informou o gestor.

Nilson Pinto classificou como histórica a decisão de montar o GT que vai elaborar o Plano de Restauração das Florestas. “Fazendo analogia com uma partida de futebol, podemos dizer que, até o momento, nós estávamos jogando na defesa, mas agora, além de reforçar a defesa, nós fomos para o ataque, com a determinação de ganhar o jogo, e de goleada”, enfatizou o presidente do Instituto.