Grupo musical do Instituto Carlos Gomes fomenta música popular no Pará
Fruto do Laboratório de Música Popular, que é um dos projetos de extensão do Instituto Carlos Gomes (IECG), foi criado mais um grupo, composto por professores e técnicos em música da Instituição, com o intuito de fomentar a música popular e paraense para além dos muros do prédio centenário.
Um dos objetivos do projeto, de acordo com o técnico em música e canto lírico, Ytanaã Figueiredo, que é o cantor do grupo, é fazer o contraste com a música erudita, que por tradição passou a ser ensinada no Instituto, buscando uma aproximação dos diferentes tipos musicais com o público. “Nossa função como técnico é também a de propagar a música para fora da Instituição, proporcionando novas experiências e alcançando os olhares da população em geral para sons populares e regionais”, assegura o técnico, que foi aluno do Carlos Gomes.
Thais Cybelle Araújo, coordenadora de pesquisa e extensão do Carlos Gomes, que é o terceiro mais antigo Instituto especializado em música no Brasil, explica que o espaço público oferece o ensino da música, buscando manter um padrão de alta qualidade e passou a contemplar o processo de atender a diversas formas musicais e manifestações culturais.
“Fazer música já faz parte do cotidiano de todos aqui da instituição e os técnicos em música são atores principais nessa dinâmica, sempre se propõem a formar grupos para atender as demandas tanto do Carlos Gomes, como do Governo do Estado. O Instituto oferece formação desde a infância, com o curso de inicialização musical; passando pelo preparatório, que é quando o aluno começa a ter os primeiros contatos com os instrumentos; o nível técnico, que é uma formação acadêmica mais especializada no instrumento ou no canto; além do nível superior, que é o bacharelado em música, que atende não só instrumento e canto, como regência”, explica.
O grupo tem como referência musical os grandes compositores da Bossa Nova como: Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano e Gil trazendo uma MPB mais diversa, Dona Onete, Pinduca, Mestres Verequete, Curica, Pantoja do Pará, metaleiras da Amazônia, Lia Sophia, assim como algumas referências do jazz. A primeira apresentação do grupo foi na última quarta-feira (08), Dia Internacional da Mulher, na sede da Secretaria de Comunicação do Estado do Pará (Secom).
O técnico em música – saxofone, Marcelo Cardoso, que é fruto de um projeto de interiorização do Carlos Gomes no município de Vigia de Nazaré, faz parte do conjunto musical. “Queremos resgatar projetos que levem músicas para as escolas, instituições públicas, levar esse trabalho itinerante para as Usinas da Paz, ou seja, para cenários que não acontecem naturalmente, fazendo música para todos. É uma honra viver isso, porque desde os 16 anos participo de atividades do Carlos Gomes e hoje, como professor, poder transmitir a minha experiência para os alunos é incrível. Há mais de 25 anos aqui é minha segunda casa”, conta.
Robenare Marques, professor de música – piano, e Aldo Aires, técnico em música – bateria, também compõem o quarteto. “Sentimos a necessidade dos alunos experimentarem a música popular, que é muito rica. Vim de Natal, no Rio Grande do Norte, para trabalhar no Carlos Gomes, dando a minha contribuição nessa mistura de música do norte e nordeste. Em um ambiente que há anos vem trabalhando com música erudita, também é importante esse movimento de incluir música popular, que é uma música de raiz. A escola é centenária e tem importante atuação no fomento da música”, destaca Aldo Aires.
SERVIÇO – As apresentações do grupo podem ser solicitadas por meio de ofício para a direção do Instituto Carlos Gomes, localizado na Av. Gentil Bittencourt, 977 – Nazaré.
