Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SUSTENTABILIDADE

Evento reúne segmentos da sociedade para diálogo contra a degradação florestal

Iniciativa de enfrentamento à destruição do meio ambiente foi realizada, nesta segunda-feira (13), no campus de pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi

Por Aline Saavedra (SECOM)
13/03/2023 14h30

Um debate sobre a devastação florestal nociva ao clima, à economia e à qualidade de vida das populações, bem como, a busca de soluções para essas questões socioambientais pautaram o encontro ‘Degradação das florestas amazônicas: um diálogo entre ciência e sociedade em busca de soluções’, com a participação da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), nesta segunda-feira (13), no campus de pesquisa do Museu Emílio Goeldi (Mpeg), em Belém. A reunião contou com participantes de forma presencial e online.

O titular da Semas, Mauro O’de Almeida, destacou o papel da ciência no enfrentamento da degradação ambiental da Amazônia. “A ciência é importantíssima, pra não dizer a base de tudo pra gente sair de todos os desafios que a gente está enfrentando. A gente precisa da ciência para encontrar caminhos, mas a ciência aplicada".

Público do Encontro ‘Degradação das florestas amazônicas: um diálogo entre ciência e sociedade em busca de soluções’ "Tenho repetido sempre, que temos que fazer um esforço de coordenação, e isso não é de hoje. Apesar dos esforços de coordenação da ONU, dos países, do Brasil e de instituições como o Consórcio da Amazônia Legal, lancei o desafio inclusive como meta para a COP (Conferência do Clima), para gente fazer esse esforço de coordenação em que a gente junte todos os estudos que estão sendo feitos e possa apresentar as demandas que temos até à COP, para que a gente atraia recursos e tenha condições de fazer políticas públicas eficientes. Esse evento junta vários atores de vários segmentos, seja nacional e estadual para que a gente possa apresentar, unir, conversar, compilar, editar, publicar, falar, ter os olhos postos para gente, mas também a gente saber se expressar e apresentar demandas”, garantiu o secretário de meio ambiente e sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida que participou do painel “Demanda dos governos estaduais e federal".

O diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi, Nilson Gabas Júnior, falou da importância do trabalho conjunto com o Governo do Estado e entre os diversos grupos de pesquisa, que trabalham com o objeto da degradação e estiveram reunidos para estabelecer um mapeamento a partir da definição do que é degradação florestal.

Secretário da Semas, Mauro O’de Almeida, destacou o papel da ciência no enfrentamento da degradação ambiental "Isso tem implicação direta na elaboração de políticas públicas, por isso a presença do secretário Mauro aqui, hoje, de outros secretários e do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará. É importantíssimo que, se estabelecendo critérios, a gente consiga prover o tomador de decisão a elaborar boas políticas públicas. O viés que nos faz ainda mais inédito nessa iniciativa é o fato de que a ciência não está conversando com a ciência, nesse seminário os povos tradicionais, os povos que estão lá na floresta e que são representantes de comunidades estão aqui para discutir, aqui, com a gente, para apresentar o que está acontecendo lá na ponta. A ciência conversando com a população e propondo ações específicas para o governo do Estado. Uma aliança entre as três partes que acho fundamental para gente promover não só a conservação, mas o desenvolvimento sustentável no Estado do Pará”, conclui o diretor. 

As discussões envolveram cientistas, gestores públicos, produtores rurais, representantes de povos e comunidades tradicionais, e outros profissionais atuantes em diversas áreas interessados em participar dos debates. Estiveram reunidos representantes do Governo do Estado e de outros órgãos governamentais e organizações não governamentais (ONGs) como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Amazônia Oriental, Museu Paraense Emílio Goeldi, Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e outros 

Estudos recentes apontam que o fogo, a extração ilegal de madeira e o efeito de borda das queimadas – modificações físicas, químicas e biológicas, que alteram luminosidade, umidade e temperatura prejudicando relações ecossistêmicas e até levando à extinção da flora e fauna -, resultados da ação humana, estão entre os principais fatores de degradação da floresta. Segundo as pesquisas, esses fatores comprometem em torno de 38% da cobertura florestal na Amazônia.

Os debates também englobaram a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), com intenção de ampliar o conhecimento sobre a degradação florestal e ainda compartilhar casos de sucesso, para ajudar na busca de soluções conjuntas entre povos e comunidades tradicionais, ciência, setor produtivo e o poder público.