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Fundação Santa Casa celebra 373 anos de histórias em defesa da vida no Pará

Hospital comemora a data, nesta sexta-feira (24), com programação especial na pracinha central da instituição e em demais setores da unidade

Por Governo do Pará (SECOM)
24/02/2023 14h04

A Fundação Santa Casa do Pará celebra 373 anos de criação, e nesta sexta-feira (24) a comemoração iniciou com a apresentação do Coral Saúde e Vida Maria Helena Franco e um culto ecumênico na pracinha central da instituição.

A programação contou também com a visita do Projeto "Sorria" às enfermarias do prédio. A ação conta com artistas que trabalham como  palhaças e palhaços profissionais e visitam instituições para levar descontração e alegrias. Também houve o Karaokê Fest, no auditório, música ao vivo no refeitório e a entrega de bolos para os diversos setores da instituição.

Primeiro hospital do Pará, a centenária Santa Casa do Pará continua a missão de cuidar da população Patrimônio da Saúde na Amazônia, a Santa Casa do Pará foi o primeiro Hospital do Pará, iniciando suas atividades 34 anos depois da fundação da cidade de Belém, no dia 24 de fevereiro de 1650, com o nome de Irmandade da Santa Casa de Misericórdia do Pará, o Hospital sempre foi referência no atendimento de pessoas carentes.

Sexto hospital mais antigo do Brasil em atividade e maior maternidade pública da região norte, com uma média de 700 partos por mês e atualmente com 486 leitos ativos para diversas especialidades, a Santa Casa atende os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), é porta-aberta para obstetrícia e referência para casos de média e alta complexidades não só da área, como também para neonatologia.

A diretora Técnica Assistencial da Fundação Santa Casa, Norma Assunção, diz que a Santa Casa, por ser uma instituição secular, e o primeiro hospital desse Estado, por si só já tem uma importância muito grande. "E olhando pelo prisma da maternidade, que é a nossa linha de referência para o Estado, tem importância tanto numérica quanto qualitativa da nossa população, porque o número de nascidos é muito expressivo em referência a nossa população”.

“Se formos vasculhar o passado, temos nascimento de pessoas ilustres dentro da Instituição. Governadores e pessoas influentes já nasceram na Santa Casa. A valorização do nascimento é um dos maiores nortes da nossa instituição e temos um caminho muito grande pela frente. Esse hospital tem uma referência muito grande dentro do nosso Estado”, destaca a médica.

A servidora mais antiga em atividade na Santa Casa é a Agente de Saúde Maria José de Moraes Rodrigues, 74 anos, 53 dos quais trabalhando no hospital, está na Santa Casa desde o ano de 1970. “Comecei na Santa Casa na enfermaria de isolamento, depois fui para a enfermaria cirúrgica Santa Maria e hoje estou aqui no Espaço Acolher. Nunca faltei ao serviço e nesse hospital conheci meu marido e constituí minha família. Tive três filhos, todos nascidos na Santa Casa. Só tenho que agradecer a Deus e a Santa Casa, pois vivi e ainda vivo hoje a minha história nesta instituição”.

Edilza Nunes de Oliveira, dona de casa, moradora do município de Marituba, paciente do Ambulatório da Mulher, relata que sempre que esteve na Santa Casa foi bem recepcionada. “Estou sendo acompanhada pela Dra Marília Gabriela e graças a Deus estou sendo bem atendida em todos os meus processos cirúrgicos e de consultas. É um tratamento muito bom. Aqui todas nós somos atendidas igualmente, não importa a religião, não importa se nós somos ricos ou pobres. Aqui sou bem atendida”.  

Bruno Carmona, presidente da Fundação Santa Casa, diz que nesse momento comemorativo é importante agradecer primeiramente a Deus diante dos desafios. “Se faz necessário também agradecer a todos os nossos servidores, sejam efetivos, temporários, comissionados, prestadores de serviço, voluntários, sem a participação e o empenho diário de todos o hospital não caminharia”.

“A Santa Casa é um órgão executor, quem define a política de saúde pública do estado é a secretaria de estado de Saúde Pública alinhada naturalmente com o Governo do Estado. A Santa Casa naquilo que recebe de determinações e de obrigações vem conseguindo, ao longo desses anos, desempenhar cada dia melhor em relação ao passado”, informa Bruno.

“Aos nossos usuários, o que a gente vem fazendo nos últimos quatro anos, além da assistência propriamente dita, é colocar processos e fluxos para que todos sejam atendidos dentro das diretrizes que o nosso Sistema Único de Saúde prevê. E isso a gente consegue demonstrar não só com números, mas com certificações, como a certificação do ONA 3 (Organização Nacional de Acreditação, nível 3 de excelência). E é interessante porque nos obriga a buscar as melhorias necessárias para o hospital, dentro dos nossos fluxos e processos administrativos e de atendimentos. O que garante que tenhamos uma visão junto aos nossos usuários daquilo que nós é determinado”, destaca o gestor.

Fundação Pública - Em 1990, a Santa Casa de Misericórdia do Pará foi transformada em Fundação Pública estadual, após uma luta de servidores, profissionais das Universidades e Justiça do Trabalho junto aos deputados da Assembleia Legislativa do Estado, quando o então governador Hélio Gueiros assina o decreto fundacional.

A maternidade do hospital, nesses 32 anos, desde que passou para o regime jurídico da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP), já realizou mais de 218 mil partos. São milhares de paraenses que nasceram ao longo dos anos.

Santa Casa em Números - A Fundação Santa Casa conta hoje com 2.962 servidores. Sendo a concentração maior de técnicas de Enfermagem - 861; enfermeiras e enfermeiros - 415; e médicas e médicos- 426.

Do ano de 1990, quando a Santa Casa é oficializada como Fundação Pública, até 2022 foram registrados 218.771 nascimentos (Dos 144 municípios paraenses, segundo o último levantamento do IBGE em 2021, apenas Belém, Ananindeua, Santarém, Marabá, Parauapebas, Castanhal e Abaetetuba teriam mais habitantes, caso a Santa Casa fosse uma cidade com esse universo de nascimentos).

Em 2022, a Santa Casa realizou mais de 1 milhão de procedimentos. Durante o ano, foram realizados 515.967 exames laboratoriais para pacientes atendidos nos ambulatórios, e 543.737 para internados. Entre os exames de imagem, foram 100.900, incluindo raio X, tomografia, ultrassonografia, endoscopia, mamografia e ressonância, além de 4.686 sessões de hemodiálise pediátrica; 71.291 atendimentos ambulatoriais (média de 5.941 atendimentos/mês) e 20.931 internações hospitalares. Na área de Urgência e Emergência Obstétrica, a Santa Casa registrou 35.332 procedimentos - mais de 2,9 mil atendimentos/mês.

Uma das maiores maternidade do Norte do Brasil, em 2022, realizou 35.332 atendimentos a mulheres na área de urgência e emergência, e 7.965 partos normais e cesáreos. A maternidade, que há décadas é referência para a população, representa segurança no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Entre os 15 Melhores Hospitais Públicos do Brasil  - Em 2022, a Fundação Santa Casa foi premiada em Brasília por ser um dos  40 melhores hospitais públicos do Brasil. A premiação é uma iniciativa do Ibross (Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde), que é a entidade nacional representativa das Organizações Sociais de Saúde (OSS). Partindo de um universo de 6.600 hospitais do país, os hospitais selecionados fazem parte de um grupo seleto do Brasil. A comissão avaliadora analisou mais de uma centena de hospitais e selecionou os 40 melhores hospitais, com atendimento 100% SUS.

“A Santa Casa tem como linha de cuidado prioritário a área materno infantil, referência para o Pará e para os estados vizinhos a nós. Nós optamos há sete anos por trabalhar com a acreditação, visando a qualidade e a segurança de nossos pacientes. Não foi fácil, pois é um hospital público com servidores do estado e que a gente precisaria provocar neles a sensação desta mudança. Mudar a cultura foi algo desafiador, na ocasião, pela opção que a direção do hospital teve”, destaca a médica Norma Assunção, diretora Técnica Assistencial da Santa Casa.

“E, realmente conseguimos chegar ao ONA 3 (padrão de excelência). Conseguimos incutir na cabeça dos nossos 3 mil servidores, a importância de trabalhar com segurança e com qualidade. E hoje vivemos no trabalho de buscar a experiência do paciente, que para nós é fundamental que a família e o paciente saiam satisfeitos positivamente com o que a Instituição os oferece”, informa a diretora.