Polícia Civil orienta folião a redobrar cuidados com pagamento digital
Ativar senhas, atualizar aplicativos de pagamentos e evitar aproximar cartões de crédito e débito em máquinas suspeitas podem impedir fraudes
Utilizar dinheiro em cédulas e moedas vem caindo em desuso diante das inúmeras possibilidades dos pagamentos digitais, como cartões de crédito e débito, aplicativos e carteiras de cobrança. Por causa da comodidade, muitos foliões paraenses tendem a desfrutar desse tipo de transação nos blocos carnavalescos. Mas tanta facilidade exige alguns cuidados na hora de efetuar compras no formato digital.
De acordo com o especialista em Segurança da Informação, Allan Douglas, é importante destacar alguns cuidados básicos para evitar que o Carnaval se torne uma frustração. O inseparável celular deve possuir senha de bloqueio, e o tempo de desbloqueio da tela também deve ser configurado para o mínimo possível. A conexão com a internet deve ser segura.
“Ao se conectar a um wi-fi público ou a uma rede aberta, o folião corre o risco de violação de dados e infecções por malware (programas maliciosos). Com uma conexão desprotegida, criminosos podem capturar informações pessoais e revendê-las, causando um prejuízo incalculável”, alertou o especialista, que coordena um projeto de segurança cibernética na Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).
Allan Douglas também sugere que os aplicativos de bancos e carteiras de cobrança estejam atualizados, e nunca devam ser instalados em dispositivos de terceiros. Outra dica é evitar salvar em blocos de notas informações pessoais, como senhas bancárias e dados de cartão de crédito, assim como não guardar anotações de dados bancários, como senhas e números de cartões.
Riscos do PIX - O Carnaval 2023 será o primeiro após a pandemia de Covid-19 em que a população também utilizará o PIX como forma de pagamento. Tanta praticidade também requer prudência. Segundo o pesquisador da Fapespa, há alguns riscos ao pagar com PIX usando o QR Code. Entre os perigos estão:
Scams - golpistas podem criar códigos QR falsos para roubar informações pessoais e bancárias, ou até mesmo substituir o QR verdadeiro por um falso.
Malware: Um código QR malicioso pode direcionar o usuário a um site infectado com malware.
Phishing: um código QR pode direcionar o usuário para uma página de phishing, que coleta informações pessoais.
Para minimizar esses riscos, é importante verificar a origem do código QR antes de escaneá-lo, verificar o valor da compra e garantir que a transação esteja sendo feita para a pessoa ou empresa correta.
Cartão por aproximação - Os cartões por aproximação, sejam físicos ou virtuais, também facilitam o pagamento, mas chamam a atenção de golpistas e necessitam de cuidados na hora da transação. A orientação é nunca aproximar o cartão em máquinas com o visor quebrado, já que o valor cobrado pelo comerciante pode ser diferente da compra, e evitar entregar o cartão físico ou dispositivo digital para terceiros. Neste momento pode ocorrer a troca do mecanismo e a possível efetivação do golpe. Outro cuidado é limitar a transferência de valores pelo APP do cartão.
Registro de ocorrência - A delegada Thyciane Maia, diretora da Delegacia Estadual de Crimes Cibernéticos, da Polícia Civil do Pará, informa que o folião deve avaliar o local da diversão. Se a festa será em local aberto, haverá a presença de muitos ambulantes. “Na hora da animação, quando existe a ingestão de álcool, as pessoas tendem a ficar menos atentas. Então, o brincante deve levar somente o necessário, e até mesmo dinheiro em espécie", enfatiza a titular.
Caso ocorra furto ou perda do celular, a delegada reforça a importância de formalizar a ocorrência em qualquer delegacia da Polícia Civil ou pela delegacia virtual, por meio do endereço: www.delegaciavirtual.pa.gov.br.