Estado anuncia para março a segunda edição do Bio Business Pará
O objetivo do evento é estimular o intercâmbio de experiências e a exposição de oportunidades de setores relacionados à bioeconomia na Amazônia
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), anuncia para o dia 16 de março, na Estação das Docas, em Belém, a realização da segunda edição do Bio Business Pará. O evento deverá reunir cerca de 200 representantes dos setores de produção, mercado, inovação aplicada e sociedade civil, além de convidados do setor financeiro, de governos e da comunidade científica.
Nos painéis do evento serão abordados os temas Mercado, Produção, Investimento e InovaçãoO Bio Business Pará 2023 visa estimular o intercâmbio de experiências e a exposição de iniciativas e perspectivas de oportunidades de setores relacionados à bioeconomia na Amazônia, de representantes do mercado, dos setores de investimento e financeiro, produtores, pesquisadores da área de inovação aplicada, sociedade civil e administração pública.
De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O'de Almeida, a partir do Bio Business o Governo do Pará pretende criar uma rede de negócios sustentáveis na Amazônia. "O governo vai reunir diferentes setores econômicos para dar início a uma nova escala produtiva e financeira, baseada na bioeconomia. Na prática, estamos implementando as bases para o desenvolvimento sustentável no Estado", informa o titular da Semas, acrescentando que "o Bio Business vai oferecer um espaço dinâmico para as iniciativas voltadas à bioeconomia, como forma de potencializar as conexões com potenciais investidores e mercado".
O Bio Business contará com painéis dinâmicos para possibilitar diversas apresentações e atividades simultâneas voltadas a oportunidades de negociações. Nos painéis serão abordados os temas Mercado, Produção, Investimento e Inovação. Especialistas da área discutirão o desenvolvimento de uma economia sustentável na região, que valorize a floresta em pé e possa gerar renda para as populações locais. Ao final do evento serão premiados os bionegócios que mais se destacarem.
Processo seletivo - Uma das novidades do evento será a seleção de iniciativas de fomento a novos bionegócios e ao desenvolvimento de bioinsumos, a partir de um termo de referência e de formulário on-line. Promovido pela Semas, o processo seletivo é direcionado a startups, produtores rurais, comunidades locais e povos indígenas, associações e cooperativas, micro e pequenas empresas.
O edital para o processo seletivo pode ser acessado no seguinte link. Dúvidas podem ser enviadas para biobusiness_pa@ipam.org.br.
As iniciativas inscritas serão avaliadas por comitê formado por representantes de instituições oriundas das 12 regiões de Integração do Estado e de negócios ligados a diferentes cadeias produtivas da bioeconomia (têxtil, alimentícios, artesanato, turismo, fármacos e biocompostos), com base em critérios definidos pela organização do evento.
Bioeconomia - A Estratégia de Bioeconomia do Pará foi criada em 2021, pelo Decreto Estadual nº 1.943, lançado durante o Fórum Mundial de Bioeconomia, em Belém. A legislação estabeleceu bases estratégicas e programáticas para a reorientação do desenvolvimento socioeconômico sob a perspectiva da bioeconomia, com valorização do conhecimento e de sistemas de produção tradicionais, aliados à conservação ambiental, fomento às cadeias de valor sustentáveis, pesquisa, desenvolvimento e inovação para bioativos no Estado do Pará.
A Estratégia de Bioeconomia foi desenvolvida no âmbito da Política Estadual sobre Mudanças Climáticas do Pará (PEMC/PA) e do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), que estabeleceram a estratégia do governo para o desenvolvimento sustentável no Pará. Entre as iniciativas associadas estão a redução imediata das taxas de desmatamento e queimadas, o incentivo à produção e ao consumo sustentáveis, reflorestamento de áreas degradadas e captação de investimentos direcionados para uma economia baseada em atividades de baixo carbono.
Para pôr em prática a mudança de cenário necessária à transição socioeconômica planejada na Estratégia de Bioeconomia, o governo instituiu o Plano Estadual de Bioeconomia (Planbio), por meio do Decreto 2.746/2022, coordenado pela Semas e com participação de mais de 40 instituições públicas e privadas. O objetivo é promover um modelo de desenvolvimento justo, sustentável e inclusivo, abrangendo bionegócios e empreendimentos estratégicos nos setores de bioinsumos, agregação de valor aos recursos florestais amazônicos, fortalecimento e integração da pesquisa com a economia local, garantia de direitos aos povos e comunidades tradicionais e conservação da floresta viva, com a consequente redução do desmatamento e dos gases de efeito estufa.
Dentre as ações prioritárias do Planbio está a implementação de um Ecossistema de Bioeconomia e Inovação para a Amazônia, contemplando a criação de ambiente de negócios e de inovação para a interação entre os setores científico-tecnológicos, povos e comunidades tradicionais, iniciativa privada (incubação e aceleração), sociedade civil e poder público.
O Ecossistema de Bioeconomia busca incentivar a criação de novos produtos, serviços e negócios a partir dos ativos ambientais com tecnologia, conhecimento, soluções baseadas na natureza e valor agregado, com a finalidade de gerar uma cultura empreendedora para garantir desenvolvimento sustentável.
Conectar oportunidades - A primeira edição do Bio Business foi promovida em outubro de 2021 pelo Governo do Pará, em parceria com o Ipam e a Cooperação Alemã (GIZ), a fim de discutir e conectar as oportunidades de negócios e o desenvolvimento contínuo da bioeconomia no Pará e no restante da Amazônia, conectando diferentes setores das cadeias produtivas nessa área.
O evento reuniu 200 pessoas e mobilizou 76 instituições de diferentes setores da economia estadual, regional, nacional e internacional ligadas à bioeconomia, e representantes das embaixadas da Alemanha, Noruega e França, além dos nove estados da Amazônia Legal.