Policlínica Lago de Tucuruí orienta sobre risco de infecções em período de chuvas
Unidade tem capacidade de fazer até 180 atendimentos na especialidade de infectologia por mês
O período chuvoso na região amazônica exige cuidados redobrados, já que é mais propício para a propagação de diversas doenças infecciosas. Nesse cenário, a Policlínica Lago de Tucuruí, no sudeste do estado, orienta a população sobre os cuidados com esses tipos de infecções.
O enfermeiro do Serviço de Controle de Infecção da Policlínica, Yan Moraes, explica que a propagação de doenças como hepatite A, leptospirose, malária, febre tifoide, cólera, dengue, dentre outras, durante a fase chuvosa, se deve ao fato dos agentes infecciosos conseguirem se propagar com mais facilidade nesse período, especialmente, devido às enchentes.
E, como forma de prevenção, o profissional destaca a importância de evitar contato com água das chuvas, com a lama e, quando isso ocorrer, retirar o quanto antes as roupas molhadas. Vale também lembrar da necessidade de sempre usar guarda-chuva ou capa para sair nos dias chuvosos.
“Também é muito importante tomar somente água potável, além de preparar alimentos com ela. É preciso sempre higienizar as mãos antes de prepará-los, limpar adequadamente as caixas d’água e não deixar água parada no ambiente domiciliar. É indispensável observar sempre os locais que possam servir como acumuladores e esvaziá-los. Vale lembrar ainda, de armazenar o lixo adequadamente, evitando a exposição e acúmulo, para que possa ser coletado”, detalhou.
Com a variedade de doenças e sintomas semelhantes, a melhor forma para se obter um diagnóstico e diferenciar uma doença da outra é fazer acompanhamento médico para realização de exame físico ou laboratorial. “Podem ser realizados exames de sangue para detecção de anticorpos contra os agentes infecciosos, ou até mesmo laboratoriais que detectam o próprio agente, dentre outros”, alertou.
Serviço - O usuário pode procurar a Policlínica Lago de Tucuruí/NATEA, após passar em atendimento na Unidade de Atenção Básica (UBS) e ter sido encaminhado ao especialista em infectologia.
A diretora executiva da Poli Lago de Tucuruí, Louhanna Silva, destaca que mensalmente são ofertadas na Policlínica 180 vagas para a especialidade de infectologista, sendo elas distribuídas durante os dias de atendimento conforme demanda da unidade e do médico especialista. “Trabalhamos para oferecer um serviço de ponta à população da região. Isso também reflete em ações de orientações como essa para munir o nosso público de informação, já que não atendemos porta-aberta e o nosso atendimento é regulado”, observou.
Perfil - A Policlínica Lago de Tucuruí é uma unidade totalmente pública, com todos os atendimentos sem nenhum custo aos usuários. Está localizada na Avenida Raimundo Veridiano Cardoso, nº 1008, no bairro Santa Mônica. A Poli é administrada pelo Instituto de Saúde e Social da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Sespa.
Confira os principais sintomas de cada doenças:
Hepatite A: Pele e olhos amarelados, fadiga, náuseas e vômito, dor abdominal na área próxima ao fígado, febre, dores musculares e em articulações, dentre outros.
Leptospirose: Febre alta, dores musculares e articulares, dor de cabeça, vermelhidão em olhos, manchas vermelhas na pele, diarreia, náuseas e vômitos.
Malária: Febre alta, calafrio, dor de cabeça, pele e olhos amarelados, fadiga, náusea e vômito, dor abdominal, diarreia, dores musculares, anemia.
Febre tifoide: Febre, dor de cabeça, dor no corpo, calafrios, tosse seca, dor abdominal, vômito, perda de apetite, manchas vermelhas na pele, diarreia ou prisão de ventre, aumento do baço ou do fígado.
Cólera: Diarreia, náuseas e vômito, fadiga, desidratação, pressão arterial baixa, dentre outros.
Dengue: febre, dor de cabeça, dor muscular e articular, fadiga, vômito, manchas vermelhas na pele.
Exames que podem ser realizados:
Hepatite A: Detecção de anticorpos contra o vírus da Hepatite A.
Leptospirose: Cultura, para detecção do agente infeccioso, pesquisa de anticorpos contra o agente, dentre outros.
Malária: Exame de Gota espessa, para visualização do agente infeccioso, além de testes de diagnóstico rápido, dentre outros.
Febre tifoide: Identificação do agente etiológico, através de exames de sangue (hemocultura), fezes (coprocultura), urina (urocultura), aspirado/punção de medula.
Cólera: Identificação do agente etiológico através de cultura de fezes ou vômito, dentre outros.
Dengue: exames para detectar o agente infeccioso ou anticorpos contra o agente infeccioso, que são os exames sorológicos e virológicos, dentre outros.
Texto: Ascom Poli Lago de Tucuruí
