Hospital Jean Bitar promove palestra sobre Alzheimer, fibromialgia e lúpus

A fim de contribuir com a campanha de educação em saúde Fevereiro Roxo, criada para alertar e conscientizar a população sobre três doenças que não têm cura - Alzheimer, fibromialgia e lúpus -, o Hospital Jean Bitar (HJB), em Belém, promoveu na manhã desta quinta-feira (16) palestra sobre o assunto. Por serem doenças reumatológicas, o lúpus e a fibromialgia são tratadas no HJB, referência estadual também em reumatologia.

O evento contou com a contribuição da médica reumatologista Margarida Bulhões, que levou informações aos usuários no Ambulatório de Especialidades sobre as doenças que a trata juntamente com a equipe de reumatologia do Hospital.A especialista Margarida Bulhões enfatizou a importância do diagnóstico precoce para evitar o agravamento das doenças

Durante a palestra, a médica enfatizou a importância das informações sobre as doenças para que as pessoas observem os sintomas e procurem o médico para investigar e diagnosticar lúpus e fibromialgia o mais precocemente possível. A médica informou que, ao serem identificadas e tratadas no início, a progressão dos sintomas pode ser retardada, evitando o agravamento do quadro de saúde dos pacientes. A reumatologista abordou ainda o tratamento, e orientou sobre o que fazer para conviver com as doenças mantendo a qualidade de vida.

Segundo Margarida Bulhões, o lúpus e a fibromialgia são doenças comuns, mas pouco conhecidas. Devido à falta de informação, os pacientes são vítimas de preconceito e estigmas. "A falta de informação para o público em geral faz com que o caminho seja mais difícil até chegar ao diagnóstico e tratamento dessas doenças. Aproveitando o Fevereiro Roxo, mês de conscientização, é fundamental trazer à tona as informações sobre essas doenças e sanar dúvidas. Assim, a gente vai conseguir orientar melhor as pessoas, que podem identificar os sintomas em si e chegar mais rápido ao diagnóstico. Isso diminui o sofrimento. É só por meio do conhecimento do seu corpo que as pessoas vão passar a perceber o que está acontecendo, e assim procurar ajuda médica. Isso resulta não só em melhor qualidade de vida para quem consegue ter o diagnóstico precoce, como também quem recebe as informações multiplicadas nessas abordagens pode, de repente, contribuir com outras pessoas que tenham as mesmas alterações. Com as informações recebidas, elas podem também conseguir chegar ao diagnóstico precoce", destacou a especialista.

Rudilane Silva Santos: repasse de conhecimentoPara Rudilane Silva Santos, usuária do Programa Obesidade Zero (outra iniciativa do HJB), moradora do município de Bom Jesus do Tocantins, no sudeste paraense, ter acesso a esclarecimentos sobre como identificar doenças, para poder tratá-las o quanto antes, é “um verdadeiro presente”, principalmente quando são especialistas nessas doenças que repassam seus conhecimentos e sanam as dúvidas.

"Eu fiquei encantada com o que aconteceu aqui. Nem parecia uma palestra; parecia mais consulta coletiva, onde todos os participantes tiveram a oportunidade de perguntar e tirar suas dúvidas com toda a atenção e calma. Muitos saíram daqui como se tivessem ido a uma consulta com o especialista. Muito importante esse tipo de atitude do Hospital e da médica, que trouxe tantos conhecimentos preciosos e ouviu todo mundo tão atentamente, em estar contribuindo com as pessoas por meio da sua profissão", disse a usuária.

Diagnóstico precoce - A campanha Fevereiro Roxo visa conscientizar sobre Alzheimer, fibromialgia e lúpus, doenças crônicas e incuráveis. Neste mês, por meio das mobilizações de profissionais e unidades de saúde, são geradas informações que destacam a importância do diagnóstico precoce.

O Alzheimer é uma doença degenerativa, que tem como sintomas perda de memória e falta de coerência na fala. É comum associar essa doença a idosos, mas ocorre também antes da terceira idade, quando há casos na família. Com o diagnóstico precoce, a doença de Alzheimer pode ser tratada com terapia e medicamentos para retardar os efeitos.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico, conhecido apenas por lúpus, é uma doença inflamatória e autoimune (quando o sistema imunológico ataca o próprio corpo), que afeta diversos órgãos. O lúpus é mais comum em mulheres, e apresenta sintomas que vão da febre e inflamação da pele, até dificuldade ao respirar. Pode ser detectada por biópsia, e seu tratamento é feito com medicações sistêmicas.

A fibromialgia é menos conhecida, mas causa dificuldades cognitivas, alterações de memória e dor muscular crônica. O diagnóstico precoce é feito por meio de investigação do histórico familiar e exame físico. É possível tratar a doença com medicamentos, atividade física e acompanhamento psicológico.

Serviço: O Hospital Jean Bitar, que integra a rede pública de saúde do Governo do Pará, é administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A unidade fica na Rua Cônego Jerônimo Pimentel, no Bairro Umarizal, em Belém.

Texto: Joelza Silva – Ascom/HJB