Alunos da rede estadual iniciam ano letivo com pacotes de avanços na educação
No pacote de melhorias está incluído o programa "Alfabetiza Pará", que é um pacto de alfabetização com os 144 municípios do Estado para garantir maior assistência para a etapa mais importante para o desenvolvimento dos estudantes
No Pará, mais de 351 mil alunos da rede pública estadual iniciam as atividades pedagógicas do ano letivo 2023 na última segunda-feira (13). O calendário estudantil deste ano inicia em meio a um momento histórico: o aumento de 416% no investimento para a aquisição da merenda escolar. O valor de R$0,36 centavos salta para R$1,50. No transporte escolar, o valor do investimento também aumentou, e é 50% maior que o valor anterior.
Além dos avanços, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) promoveu a semana do planejamento pedagógico, em que ocorreu o acolhimento, formação e preparação dos profissionais da educação para a volta às aulas.
"Nós debatemos com professores e a equipe não só o processo pedagógico, que é fundamental para melhorar nossos indicadores, mas também olhando para as necessidades, mapeando o que é preciso melhorar. O governador Helder Barbalho anunciou, por exemplo, o aumento do repasse para compra da alimentação escolar. Isso é uma necessidade dos nossos estudantes. Estamos com muitas obras de reconstrução e novas entregas previstas”, apontou o secretário de estado de educação do Pará Rossieli Soares.
Na escola estadual Barão do Rio Branco, em Belém, os cerca de 500 alunos que estudam na unidade foram recebidos com uma programação de acolhimento na quadra poliesportiva. Além da apresentação do quadro de professores, os alunos participaram de atividades que proporcionaram lazer e empatia, como o momento do abraço, no qual os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os seus colegas de classe e brindar as boas-vindas com um abraço.
"Essa dinâmica é importante para que o aluno se sinta verdadeiramente acolhido pela escola. Isso vai deixá-lo mais confiante. A nossa escola foi entregue no fim de 2022, totalmente restaurada pelo Governo do Estado e isso está trazendo mais conforto e qualidade de ensino aos nossos alunos", enfatizou a diretora da escola Barão do Rio Branco, Elizabeth Costa Nogueira.
Retomada - O pequeno Ailton Lima, de 6 anos, estava ansioso para ocupar logo uma carteira na sala de aula da escola histórica. O aluno do 1ª ano do ensino fundamental estudou em 2022 no Centro de Referência de Educação Infantil (CREI) Prof. Orlando Bitar e agora vai continuar sua jornada estudantil na Escola Barão do Rio Branco. Um orgulho para a mãe, a enfermeira Elisângela Soares.
"A minha expectativa está ótima, pois eu já visitei a escola e achei linda. O padrão é muito parecido com o da creche Orlando Bitar, onde o meu filho estudava. Ele está gostando e eu também estou animada, pois a mãe também se empolga, né? E só podemos esperar um futuro brilhante. Tudo começa com a educação", disse a mãe, emocionada.
Dentro da sala de aula, a aluna da 5ª série, Paloma de Oliveira, usufrui de uma sala climatizada, com quadro de vidro e carteiras modernas. "Antes não era assim. Eu gostava de escrever, mas as carteiras estavam quebradas. As salas também eram quentes. Tinha que abrir portas e janelas para que a gente pudesse aguentar", disse.
Combate ao analfabetismo - Os avanços na educação também incluem o lançamento do programa "Alfabetiza Pará", que é um pacto de alfabetização com os 144 municípios do Estado para garantir maior assistência para essa que é a etapa mais importante para o desenvolvimento dos alunos. A iniciativa foi lançada no último sábado (11) pelo governador do Estado, Helder Barbalho. O programa em regime de colaboração prevê apoio técnico-financeiro para municípios, escolas e concessão de bolsas para capacitação de profissionais alfabetizadores.
O programa vai funcionar em regime de colaboração do Governo do Estado do Pará e da Secretaria de Estado de Educação, que vai auxiliar os municípios no desenvolvimento dos alunos dos anos iniciais (1º ao 5º ano) durante o período de alfabetização. A proposta é disponibilizar recursos, ferramentas pedagógicas e avaliativas para que as cidades melhorem o ensino ofertado nas redes municipais e estadual, atendendo, inclusive, aos requisitos do ICMS Educacional, aprovado na Assembleia Legislativa (Alepa) em 2022.
Texto: Evaldo Júnior/Secom