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Psicopedagogia promovida pelo CIIR garante desenvolvimento cognitivo na reabilitação de autistas

Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), proporciona uma gama de terapias para potencializar a reabilitação de usuários

Por Governo do Pará (SECOM)
09/02/2023 16h53

Referência no Norte do Brasil no serviço em saúde centrado na pessoa, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, por meio do Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), proporciona uma gama de terapias para potencializar a reabilitação de usuários, a destacar, a psicopedagogia, que nesta quinta-feira (9) chegou ao quarto dia de atendimento em 2023.  

A especialidade estuda a relação entre a aprendizagem e a mente humana. O profissional monta um plano terapêutico visando pontuar dificuldades e, paralelamente, melhora os processos de assimilação e cognição do reabilitando. 

“No início do acompanhamento, realizamos uma triagem com protocolos para avaliar as questões de habilidades e competências que se referem à parte cognitiva. A partir do mapa de acertos e erros de cada criança, podemos identificar as áreas onde se concentram suas dificuldades e, a partir disso, planejar a intervenção e o monitoramento”, explica a psicopedagoga, Diana Costa.  

Segundo a profissional, cada criança apresenta um repertório diferenciado. Dentro deste contexto, a psicopedagogia atua com o lúdico, através de materiais concretos, trazendo um conceito do dia a dia. “É utilizado ainda recursos visuais, tendo em vista que, crianças com espectro autista são bastante visuais”.  

Com isso, a psicopedagoga salienta a importância da especialidade que potencializa também outro aspecto, a socialização da criança. “A partir de uma dificuldade na leitura, por exemplo, de forma lúdica, trazemos textos partindo do seu ponto de interesse. Abordamos o que o usuário gosta, assim, vamos introduzindo a parte pedagógica com o complemento de um atendimento em dupla para que os usuários façam a troca de experiências, através de dinâmicas que proporcionam um relacionamento através da conversa entre eles”.  

Thaila Vera, de 10 anos, é uma das reabilitandas que está em desenvolvimento no plano terapêutico com o suporte da psicopedagogia. Segundo a mãe, Tais Vera, de 28 anos, a menina, atualmente, já demonstra socialização com as pessoas e aperfeiçoamento cognitivo na vida escolar. “Minha filha evoluiu bastante. Na chegada dela aqui, em setembro do ano passado, apresentava dificuldade para falar, mas agora ela já interage com as pessoas e também melhorou a escrita. Tudo de acordo com o método utilizado pela profissional”. 

Segundo a terapeuta que a acompanha, a garotinha tem habilidade com a matemática, no entanto, sua dificuldade é com a Linguagem. “Para ter êxito em seu desenvolvimento, eu proponho algo que ela gosta, como textos que abordam os animais. A Thaila adora este tema. Isso faz com que ela fique mais interessada, se concentre para a leitura e escrita, como terapia”.    

Trabalho em conjunto – Paralelo às terapias, o desenvolvimento terapêutico do reabilitando necessita atuar junto com a família e a escola. “Todo fim de ano, realizamos um relatório chamado de devolutiva para comunicarmos à família e à escola o quadro clínico da criança. No documento, orientamos a escola a desenvolver atividades pedagógicas, pontuando as habilidades, competências do reabilitando e o que ainda está em aquisição”, salienta Diana Costa.  

Cursando o 5º ano do ensino fundamental, Thaila Vera, adquiriu a concentração e, hoje, segundo a mãe, é um marco na vida escolar da menina, que antes faltava. “Ela tinha dificuldade de concentração. Por conta da questão sensorial, ou seja, o barulho, a desconcentrava na sala de aula. Atualmente, já consegue controlar. Além disto, durante as aulas na escola, ela já copia do quadro branco para o seu caderno o conteúdo que o professor escreve. A psicopedagogia mudou a vida da minha filha”, declara a genitora da usuária com um sorriso no rosto. 

Estrutura  

O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).  

Serviço: O CIIR é um órgão do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157/58/59. 

Texto: Pallmer Barros/Ascom CIIR