Em Florianópolis, equipe da Semas realiza visita técnica em ecossistema de inovação
A visita ao local ocorreu para buscar inspiração para a construção do parque de inovação e bioeconomia do Pará
O Plano Estadual de Bioeconomia do Pará (PlanBio Pará) prevê, entre suas 92 ações, um parque de inovação e bioeconomia. Para além do espaço físico, o parque irá proporcionar um ambiente de negócios para a bioeconomia. Como parte da construção do modelo inovador, representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) estiveram no Ecossistema de Inovação da ACATE, Sapiens em Florianópolis, para buscar conhecer mais sobre o espaço e detectar inspirações. A visita técnica ocorreu entre os dias 1 e 3 de fevereiro. Para a construção do parque no Pará foi assinado um Memorando de Intenção (MoU) entre a Vale e o Governo do Estado.
No Acate foi possível conhecer um local onde se tem, em plenitude, um ambiente para estimular e apoiar empreendimentos de inovação, modelo de inovação que poderá ser utilizado como referência no Pará, sendo adaptado para ser específico sobre a área de bioeconomia.
“A bioeconomia é um dos caminhos e/ou parte da solução para o desenvolvimento sustentável no Pará. A gente sabe que o Estado tem uma grande extensão de floresta, uma grande diversidade biológica, sociocultural, o que nos traz um potencial enorme de promover esse novo modelo de desenvolvimento sustentável e inclusivo baseado na floresta em pé e na garantia de direitos de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais”, ressaltou o secretário de meio ambiente e sustentabilidade que esteve conhecendo as atividades realizadas no local, Mauro O’de Almeida. Além do ACATE, houve também a visita no Sapiens Parque.
O PlanBio Pará integra um conjunto de ações elencadas no eixo Desenvolvimento Socioeconômico de Baixo Carbono, um dos quatro eixos do Plano Estadual Amazônia Agora que prevê, entre suas metas, a redução de no mínimo 37% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes da conversão de florestas e do uso da terra, até 2030. Um dos destaques ao construir o parque é pelo motivo da inovação. Desta forma busca-se gerar uma nova matriz econômica para o Estado que seja sustentável e que gere, cada vez mais, emprego e renda, além de produtos com um maior valor agregado.
“Nós fomos buscar essa inspiração para tornar a bioeconomia efetivamente a agenda econômica da Amazônia, sendo transformadora, sustentável e com alto potencial de geração de emprego e renda. Fomos ver como eles operam para vermos como fazemos essa interface de empreendimento de inovação com políticas públicas no Estado que contemple a interiorização dessa inovação e estratégia para diminuir as desigualdades intra regionais, além de fortalecer a inovação no estado do Pará”, avaliou a diretora diretora de Mudanças Climáticas, Serviços Ambientais e Bioeconomia da Semas, Camille Bemerguy.
Projeto executivo - O projeto executivo do parque de inovação e bioeconomia já está em elaboração e contempla diferentes etapas, com algumas ações já em atividade. Ao término de quatro meses, a expectativa é que haja um projeto executivo que vai dar todo o suporte de informações, a exemplo do local onde o parque será instalado, para dar continuidade às próximas etapas. Até o final de 2023, já haverá a entrega de algumas etapas vinculadas ao projeto que, pela sua magnitude, levará um tempo maior para ser entregue em sua totalidade à sociedade.
“O parque de inovação e bioeconomia do Pará é um projeto transformador para uma estratégia de economia estadual de curto, médio e longo prazo, onde serão integrados conhecimentos, formação de talentos, capital, mercado, atração de indústria, a possibilidade de se relacionar com outros sistemas e promover a interiorização dessa ação”, elencou o secretário adjunto de Recursos Hídricos e Clima da Semas, Raul Protázio.