No Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, titular da gestão ambiental enfatiza integração entre União e Estados
Essa foi a primeira reunião dos secretários de meio ambiente da Amazônia Legal na nova gestão ministerial
Desafios e propostas para mitigação das mudanças do clima estiveram presentes na primeira reunião dos secretários da Amazônia Legal com o novo secretário executivo de meio ambiente e mudança do Clima, João Paulo Capobianco, no prédio do MMA, em Brasília, que representou a titular da pasta, Marina Silva. O encontro foi para apresentação dos gestores, das formas de atuação de cada Estado e a exposição das demandas, incluindo muitas dificuldades ampliadas pela ausência da gestão federal anterior. A reunião, que integrou a agenda da 1ª Reunião Ordinária de 2023 do Fórum de Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal, coordenada pela Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force), ocorreu nesta sexta-feira, 27, no prédio do MMA.
Na pauta estiveram presentes as urgências a serem enfrentadas e que são comuns aos nove estados, a exemplo do desmatamento ilegal, assim como as oportunidades, de forma especial a promoção de economias compatíveis com o desenvolvimento sustentável.
“Nós vamos precisar muito do apoio de cada Estado. São muitas questões trazidas, demandas claras que ajudam muito na reflexão, e estamos em fase de planejamento acelerada. É muito bom ouvir e receber as oportunidades de alertas, demandas e a disponibilidade que todos colocaram aqui de trabalho conjunto”, afirmou o João Paulo Capobianco, que anunciou aos presentes ainda que “O desafio é conservar, incluindo. Incluindo, conservando. A floresta vale muito mais em pé do que desmatada e o desmatamento ilegal terá combate pesado”, enfatizou.
No Pará, um estado com histórico de desmatamento e que muda, a cada ano, essa realidade, a reaproximação com o Governo Federal é sinônimo de fortalecimento das ações e preservação da floresta viva. O titular da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade paraense, Mauro O’de Almeida viu com bons olhos a receptividade da equipe ministerial e a traduz como de integração, essencial para alcançar melhores resultados.
“Os estados em relação ao Governo Federal têm uma expectativa que a gente possa cada vez mais ter o Ministério do Meio Ambiente como um grande coordenador de ações que possam ser adequadas e ajustadas às realidades, diversidades que os estados têm e no Pará é um desafio em especial, como todos vocês sabem há 15 anos tem o maior índice de desmatamento, e é o maior emissor de gases de efeito estufa de todo o Brasil, uma condição que não nos orgulha, mas que estamos enfrentando com políticas, planos e ações que a gente possa fazer para além do comando e controle, e sim de entregar alternativas para que possamos produzir sem desmatar. E agora é o momento da implementação”, explicou.
Compondo a equipe ministerial, estavam presentes a secretária de povos e comunidades tradicionais e desenvolvimento rural sustentável, a paraense Edel Moraes, que colaborou para o recém construído Plano Estadual de Bioeconomia. “A Edel participou ativamente com a gente nesses últimos anos lá no Pará, inclusive na construção do Plano de Bioeconomia, coisa que a gente se orgulha muito”, ressaltou Mauro O’de Almeida.