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SAÚDE PÚBLICA

Desenhos em esparadrapo e gesso tranquilizam crianças internadas no Hospital Metropolitano

De super-heróis a princesas encantadas, os pacientes escolhem o personagem que querem ver ilustrado, a partir da iniciativa de uma técnica em Enfermagem

Por Governo do Pará (SECOM)
13/01/2023 17h36

Uma ação especial vem proporcionando mais tranquilidade a crianças internadas no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. A técnica em Enfermagem Cibele de Alfaia Xavier teve a ideia de “dar vida” a personagens infantis em esparadrapos. Os desenhos são colados em gessos ou curativos, e acompanham os pequenos pacientes durante todo o tratamento.

A técnica em Enfermagem Cibele Xavier idealizou e executou mais uma forma humanizada de tratar pequenos pacientes
A iniciativa surgiu após a profissional identificar, em rondas pela pediatria da unidade, que muitas crianças demonstravam medo e tristeza, e viu a possibilidade de unir um hobby ao seu trabalho. “Eu passei a fazer os desenhos quando percebi o medo no olhar das crianças após a internação. Um processo de recuperação é difícil para um adulto, imagina para uma criança que está acostumada a brincar, estar com os amigos. Eu entendi isso, e pensei em entregar os desenhos. Deu muito certo; eles adoram”, garante Cibele Xavier.

De super-heróis a princesas encantadas, a escolha do desenho é das próprias crianças. A profissional recebe os pedidos durante as visitas diárias aos leitos, na ala pediátrica. “Os pedidos variam. As meninas gostam muito das princesas, e os meninos dos super-heróis. Varia pela idade, também. O importante é que todos sejam atendidos”, ressalta a técnica.

"Não estou sozinha" - Entre as crianças que pediram desenho está Camily dos Santos, 08 anos, internada para tratar uma fratura no braço esquerdo. Ela queria que sua tipoia, que dá suporte ao braço, ficasse mais colorida e com o rosto da personagem Minnie. Sorridente após receber o desenho, a menina declarou que estava “feliz com a mudança. Agora, não estou sozinha”.

Camily agora se recupera da fratura na companhia da MinniePara a mãe de Camily, Jéssica Costa dos Santos, 29 anos, que veio de Ipixuna do Pará (município do nordeste paraense), a ação é simples, mas traz grande resultado para todos. “Eu nem sei expressar como me sinto vendo a minha filha sorrindo novamente, e comemorando algo que parece ser tão simples, mas que tem esse poder de transformar um ambiente que pode ser triste em alegre”, declara Jéssica, acrescentando que “sou muito grata ao tratamento recebido no Hospital Metropolitano. Vem uma atitude tão linda dessa e complementa esse sentimento. Obrigada!”.

Uma das Tartarugas Ninjas ilustra o gesso do pacienteManoel do Nascimento, 11 anos, também recebeu um desenho para decorar o gesso usado na perna. “Pedi o adesivo do meu desenho favorito, e ela fez. Obrigado! Ficou muito legal”, afirma. Para a tia e acompanhante do menino, Maria Antônia, 37 anos, a atitude traz mais tranquilidade aos pacientes internados. “Nós podemos ver o quanto essa atitude faz a diferença aqui dentro. Principalmente para crianças, que gostam de estar correndo, brincando, pulando. Isso traz tranquilidade, porque aproxima o período da internação com algo vivido por eles lá fora. Superpositivo”, diz Maria Antônia.

Experiências positivas – No Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência diversas ações e projetos são desenvolvidos para promover o bem-estar dos pacientes. Um deles é o Projeto de Gameterapia, que une jogos digitais ao tratamento clínico, e a Musicoterapia, que leva música para diversas alas da unidade. “Todas essas ações impactam no momento da alta dos pacientes, que com certeza lembram a assistência recebida. Quanto mais humanizada, com qualidade e segurança, melhor”, afirma o gerente de Enfermagem do HMUE, Romerito Margotti.

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência é uma unidade do Governo do Pará, gerenciada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). É a maior unidade do Estado para tratamento de vítimas de traumas de diversas complexidades.

Texto: Alberto Dergan – Ascom/HMUE