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CIIR comemora Dia do Braille com inclusão cultural  

Por Governo do Pará (SECOM)
04/01/2023 19h56

Nesta quarta-feira (4), é celebrado o Dia Mundial do Braille e o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) em Belém, celebra a data proporcionando, paralelamente às terapias, uma biblioteca inclusiva com 65m² recheada de histórias dentro de um acervo com 200 livros em braille contando literaturas infantis e fantasias, além de revistas em quadrinhos.  

Segundo a bibliotecária do CIIR, Denise Morais, o sistema de Braille foi criado para dar um suporte ao acesso à informação e mais independência à pessoa cega, através da leitura. “Assim como quem enxerga, realiza uma leitura e viaja na história que está lendo criando imaginações de um personagem, roteirizando uma cena, a pessoa cega também pode sentir isso através dos livros em Braille”.  

A profissional é uma das facilitadoras na biblioteca e destaca que o local também é uma inserção da pessoa cega na cultura. “O ato de ler é uma inclusão social que insere qualquer ser humano a conhecer costumes, países e etnias. A partir da informação, a pessoa pode se movimentar na sociedade”.   

Segundo o Relatório Mundial sobre Visão, em 2019, da Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,2 bilhões de pessoas têm algum tipo de deficiência visual, sendo 1 bilhão em uma condição que poderia ser prevenida ou tratada.  

No Brasil, os dados oficiais mais recentes disponíveis são do Censo de 2010 colhidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, há no país, mais de 6,5 milhões de pessoas que não conseguem ver de forma alguma ou que têm grande dificuldade, o equivalente a 3,4% da população. Desse total, 582,6 mil são incapazes de enxergar. 

Fazendo parte dessa estatística, o usuário Matheus Rabelo, de 28 anos, é frequentador assíduo da biblioteca inclusiva do CIIR. Para ele, o Braille traz liberdade que os olhos não proporcionam. “Aqui na biblioteca, conheço um mundo fascinante, através das histórias. É uma terapia pegar um livro e ir conhecendo culturas. É uma inclusão que fortalece o cego dentro de uma sociedade. Nos fortalece como pessoa, em meio ao preconceito lá fora”.  

O início - Louis Braille foi um francês responsável pela criação do método que permite que os  cegos possam ler. O pioneiro perdeu a visão ainda na primeira infância. Ele inventou o método quando tinha apenas 15 anos ao desenvolver um sistema de célula para leitura por meio do tato. 

No Brasil, a introdução do método foi realizada por meio de José Álvares de Azevedo. A partir dos 10 anos, foi levado à França por seus pais para estudar até os 16 anos, no mesmo Instituto Real dos Jovens Cegos, em Paris, onde Louis Braille estudou e desenvolveu a prática. 

O Braille é um sistema de escrita e leitura para cegos, uma importante inclusão de comunicação entre as pessoas com deficiência visual na tomada de decisões, além da necessidade de inserção no ambiente escolar e acadêmico, sobretudo, na vida. 

Estrutura - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do CIIR por meio de encaminhamento das Unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação (Sisreg).    

Serviço: O CIIR é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157/58/59.  

Texto: Pallmer Barros/Ascom CIIR