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PREVENÇÃO

Especialistas do HC apontam cuidados com a saúde mental em diferentes idades

Estar atento a sintomas de ansiedade e depressão em crianças, adolescentes, adultos e idosos é essencial para acolher e tratar de forma correta

Por Marcelo Leite (COSANPA)
04/01/2023 13h25

O mais recente estudo sobre saúde mental, publicado em 2022 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mostra que somente no primeiro ano da pandemia de Covid-19 casos de depressão e ansiedade aumentaram em mais de 25% entre crianças, adultos e idosos em todo o planeta.

Em janeiro, mês dedicado à campanha de atenção à saúde mental, os dados levantados pela OMS apontam outros dois fatores importantes: prevenção não tem limite de idade e as mudanças que acompanham as fases da vida podem ser entendidas com mais facilidade quando abordadas com a ajuda de profissionais da área de saúde mental.Pais ou responsáveis devem estar atentos para os sintomas de problemas emocionais nas crianças

No caso de crianças e adolescentes, um dos pontos de atenção pelos familiares está nas relações sociais, tecnologias e vivências da infância. “Cabe aos responsáveis ou a outros profissionais que lidem com essa criança o acolhimento sem julgamentos, até que se conquiste a confiança. Isso é importante porque, nessa idade, muitas não têm repertório ou maturidade para pedir ajuda”, explica Tatiana Montalvão, psicóloga na Clínica Pediátrica do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), em Belém.

Entre o público adulto, o alerta é para o acúmulo de atividades e a falta de tempo para autocuidado. “Cuidar de si, tanto físico como emocionalmente, é o maior estímulo para prevenção e manutenção da saúde mental. Além disso, o cuidado diminui os níveis de estresse no dia a dia, ansiedade, riscos de doenças e melhora a sensação de bem-estar”, detalha a psicóloga Adna Costa, que atua na Unidade Coronariana do HC.

Para a faixa etária acima de 60 anos, os cuidados são ainda maiores. “É preciso estar atento também às perturbações do sono, irritabilidade excessiva e até o uso abusivo de álcool e inclusive medicações. Também podem estar presentes sintomas cognitivos, como falhas de memória, dificuldade de raciocínio e lentidão no pensamento”, explica a psicóloga Aline Rodrigues, da equipe do Hospital de Clínicas.

Profissionais do HC fazem o acompanhamento dos pacientes, com os cuidados e acolhimento necessários

Lazer e ajuda profissional - Consenso entre as três psicólogas, a mudança de hábitos de vida com inserção de atividades de lazer é uma das melhores formas de cuidado com a saúde mental. “É importante destacar que mesmo a adoção de todos esses cuidados não garante uma vida isenta de dificuldades ou problemas, mas sim o equilíbrio emocional para ajustamento e melhor forma de lidar com situações adversas”, complementa Adna Costa.

Segundo Aline Rodrigues, é nesse momento que a busca por ajuda profissional é fundamental, assim como o acolhimento familiar para “o equilíbrio entre o amparo e a autonomia do paciente. O acompanhamento psicológico pode auxiliar no processo para melhor adaptação e saber lidar com os aspectos biológicos”.