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AGRICULTURA

Adepará realiza ação de prevenção à Monilíase do cacaueiro

Ampliação da Fiscalização Volante do Trânsito Agropecuário é uma das alternativas

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
19/12/2022 15h21

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) iniciou, nesta segunda (19/12), uma fiscalização volante de trânsito agropecuário com foco na monilíase ((Moniliophthora roreri ), uma praga quarentenária que restringe o trânsito agropecuário de produtos e provoca impacto econômico para a cultura do cacau e do cupuaçu.

A Ação de Fiscalização Volante e de Educação Fitossanitária para a Monilíase do cacau e do cupuaçu acontece simultaneamente em vários municípios que são abrangidos pela Regional da Agência em Abaetetuba como Cametá, Tomé Açu, Moju, Mocajuba, Baião, Igarapé Miri, Bujaru, Oeiras do Pará e Tailândia.

Durante a abordagem aos motoristas que transportam cargas nesses municípios, os fiscais verificam a documentação exigida pela legislação do trânsito agropecuário e distribuem panfletos com informações sobre a praga.

A atividade é realizada com apoio da Polícia Rodoviária Estadual. “Nós estamos focando principalmente na monilíase do cacau.  Montamos uma barreira sanitária para verificar cargas de produtos vegetais, mas sem abrir mão das outras atividades que desempenhamos e que são relacionadas também ao trânsito de produtos de origem animal”, informou Manoel Cardoso, gerente Regional de Abaetetuba. 

Portaria

No início de dezembro, a Adepará publicou a portaria Nº 7833/2022 que proíbe o trânsito e o comércio de materiais vegetais vindos de Estados com ocorrência de monilíase e tem intensificado a vigilância de trânsito agropecuário. Embora ausente do território paraense, a monilíase já foi detectada em Cruzeiro do Sul, no Acre, e também em Tabatinga, no Amazonas. 

Além de vetar a circulação de materiais vegetais provenientes das unidades da federação onde foi detectado foco da praga, a portaria também estabelece os procedimentos operacionais para as ações de prevenção à doença e proíbe o trânsito interestadual de materiais vegetais propagativos exigindo comprovação, através de nota fiscal, da origem dos vegetais. Determina ainda que as amêndoas de cacau fermentadas e secas provenientes de áreas de ocorrência da praga deverão estar acompanhadas do certificado de classificação do produto e da nota fiscal da sacaria, ou seja, as amêndoas devem ser ensacadas em sacas novas. 

A vigilância sanitária para a monilíase tem sido uma das ações primordiais executadas pela Agência no Estado com a realização de parcerias em atividades  de prevenção e supressão da praga e com o envio de servidores capacitados para a detecção de focos, além de elaboração de ações de educação fitossanitária. 

O serviço de Defesa Fitossanitário oficial está em alerta e executando todas as medidas sanitárias para garantir a sanidade da produção e a qualidade do cacau e do cupuaçu produzidos no Pará. O cadastramento de propriedades produtoras e de cacauicultores é uma delas,além de levantamentos de detecção para assegurar a ausência da praga.

Produção de Cacau - O cacau figura como uma das cadeias produtivas mais importantes do estado, pelo seu aspecto social, ambiental e econômico. Segundo dados da Fapespa, o incremento na economia do estado foi de 1,9 bilhões de reais, gerando emprego e renda para cerca de  30 mil agricultores, na sua grande maioria da agricultura familiar.

Monilíase - A monilíase é uma doença extremamente agressiva, que ataca os frutos do cacaueiro (Theobroma cacao), do cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum) e de outras plantas do gênero Theobroma em qualquer fase de desenvolvimento. Causada pelo fungo Moniliophthora roreri, é facilmente disseminada pelo vento e por materiais infectados como plantas, roupas, sementes e embalagens. A praga ocasiona perdas na produção que podem variar de 50% a 100% da produção.

Serviço: A Adepará está presente nos 144 municípios paraenses e disponibiliza a Ouvidoria para receber denúncias. No www.adepara.pa.gov.br há os contatos dos escritórios das regionais. O celular para contato é o (91) 99392-4264.

Texto: Rosa Cardoso (Ascom / Adepará)