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SEGURANÇA PÚBLICA

Polícia Civil esclarece duplo homicídio em Outeiro

Por Redação - Agência PA (SECOM)
09/06/2018 00h00

A Polícia Civil do Pará convocou a imprensa na tarde deste sábado (9), para esclarecer um duplo homicídio que ocorreu na quinta-feira (7), em Outeiro. A polícia prendeu um dos acusados de envolvimento no duplo homicídio da empresária Maria de Nazaré Borges de Alcântara, 60 anos, e da empregada doméstica Iranilma Prestes dos Reis, de 25 anos.

As vítimas estavam desaparecidas deste a quinta-feira, dia 7, e foram encontradas mortas no distrito de Outeiro, no início da tarde deste sábado, dia 9. Os corpos delas estavam enterrados em um terreno na Rua dos Tucanos, no bairro de São João de Outeiro.

Para encobrir os corpos, os criminosos usaram adubos encontrados no carro da vítima. As duas foram mortas por estrangulamento porque a jovem reconheceu os dois acusados como funcionários do supermercado que ela costumava frequentar para fazer compras.

Os esclarecimentos foram do delegado geral Claudio Galeno, que prestou informações à imprensa, acompanhado do delegado geral adjunto, Rogério Morais, e do delegado Aldo Botelho, diretor de Polícia Metropolitana.

O desaparecimento

Por volta das 17 horas da quinta-feira, a empresária de nome Maria de Nazaré Borges de Alcântara, 60 anos, acompanhada de Iranilma Prestes dos Reis, 25 anos, saiu de sua residência em um condomínio fechado, na Rodovia Augusto Montenegro. O destino seria a casa do pai da empresária, mas, no caminho, as duas pararam em um supermercado na rodovia para sacar dinheiro. No estacionamento do estabelecimento, as duas foram abordadas por dois homens e levadas no veículo da empresária, uma S10 branca.

Na manhã seguinte, a família de Maria de Nazaré registrou o seu desaparecimento na Divisão de Repressão a Furtos e Roubos. Começaram então as minuciosas investigações por parte da Polícia Civil. Enquanto isso, uma campanha nas redes sociais mobilizava a sociedade em torno do desaparecimento das duas mulheres. Na sexta-feira (8), o carro de Maria de Nazaré foi encontrado em Outeiro e populares acionaram o Centro Integrado de Operações (Ciop). Familiares da vítima reconheceram o veículo como sendo da empresária.

No início da tarde deste sábado, os corpos das duas mulheres foram encontrados na Rua Tucano, localizada no bairro de São João de Outeiro, no distrito de mesmo nome. As mulheres foram mortas por asfixia e seus corpos, enterrados em uma cova rasa.

Como a polícia chegou aos acusados

Com a ajuda das câmeras do circuito interno do estacionamento do supermercado, o setor de Inteligência da Polícia Civil conseguiu as imagens dos dois suspeitos. Um deles foi preso em flagrante na manhã deste sábado, em uma feira livre, em Icoaraci.

Marlisson Neves, 19 anos, confessou à polícia o duplo homicídio. Disse que a ideia dele e de seu comparsa era a de executar um sequestro relâmpago, mas no caminho, Iranilma teria reconhecido os dois como funcionários do supermercado. Foi aí que o homicida e seu comparsa, de nome Raylso de Oliveira, 19 anos, decidiram executar o duplo homicídio, asfixiando cruelmente as vítimas.

Depois da prisão em flagrante, Marlisson foi encaminhado ao Sistema Penitenciário para ficar custodiado, à disposição da Justiça. Os dois acusados irão responder pelo crime de latrocínio, que é roubo seguido de morte.

“Contrariando a técnica da investigação moderna, a Polícia Civil está se pronunciando antes de concluir em definitivo essa investigação, uma vez que fomos tomados diariamente por boatos relacionados ao desaparecimento das duas vítimas. A Polícia Civil lamenta o trágico desfecho dessa ação criminosa, mas ainda não concluiu a missão. Vamos a busca desse segundo autor, que continua foragido”, disse o delegado geral, Cláudio Galeno.

“As investigações vão continuar, já estamos com o foragido plenamente identificado e a gente pede, inclusive, a contribuição da população através do Disque Denúncia (181). Vamos fazer, a partir de hoje, a divulgação da fotografia desse foragido para que, com o apoio das pessoas, a gente possa localizá-lo e prendê-lo”, destacou o delegado geral adjunto, Rogério Morais.