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Uepa irá sediar projeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia 

Programa busca viabilizar o desenvolvimento de projetos de alto impacto científico e tecnológico no Brasil

Por Governo do Pará (SECOM)
12/12/2022 11h36

A Universidade do Estado do Pará (Uepa) foi aprovada, por meio do edital 58/2022 do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para sediar um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), programa realizado em parceria pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que busca viabilizar o desenvolvimento de projetos de alto impacto científico e tecnológico no Brasil. 

O INCT para Viroses Emergentes e Reemergentes (INCT - VER), coordenado pelo professor da Uepa, Pedro Vasconcelos, foi o projeto contemplado pelo processo de seleção, iniciado em julho de 2022,  e estará lotado no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Uepa. De acordo com o professor, “essa iniciativa é um avanço institucional para o ensino e a pesquisa na Uepa, e mostra que a universidade tem total capacidade de desenvolver pesquisas e estudos de grande eficiência no contexto nacional”. 

Esse projeto busca promover metodologias e pesquisas de ponta no linear do conhecimento científico, objetivando estudos epidemiológicos, estudos sobre patogenia e pesquisas sobre prospecção de novos vírus, alinhados com os objetivos da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate às emergências de novos patógenos associados às epidemias vivenciadas nos últimos anos. 

O programa, que aguarda o recebimento dos recursos que serão destinados pelo CNPq para iniciar suas atividades, conta com a colaboração de outras instituições de ensino e pesquisa de diferentes regiões do Brasil, como a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e a Fiocruz Amazônia, localizada no Amazonas, além de instituições estrangeiras como a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, a Escola de Medicina de Harvard, em Massachusetts, a Universidade Nova de Lisboa, além de outras colaboradoras, que atuam em associação com os INCTs. 

Recursos - De acordo com o infográfico do CNPQ, existem apenas três programas sediados na região Norte, sendo duas no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e uma da Fiocruz de Rondônia. Com o advento do edital, a região passa a ser sede de seis INCTs, sendo três no Amazonas, um em Rondônia e dois no estado do Pará, localizados na Uepa e na Universidade Federal do Pará (UFPA). No Nordeste, 14 INCTs estão presentes,  enquanto o Sudeste concentra 62 sedes. 

Ao todo, 48 instituições de todo o Brasil foram aprovadas no edital e os projetos serão financiados com recursos no valor global de R$300.000.000,00, valor oriundo do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), direcionado para redes de pesquisa em áreas estratégicas e na fronteira do conhecimento.

De acordo com o pró-reitor de pesquisa da Uepa, professor Jofre Jacob, “os INCTs têm como propósito se sobrepor à visão disciplinar e isolada de tratar a pesquisa e extrapolar a ciência na sua capacidade de analisar os problemas e demandas sociais, a fim de responder a elas através de uma visão multidisciplinar, pois, a ciência, a serviço da sociedade, requer ações mais abrangentes e integradas”.

O professor acrescenta que as INCTs têm como missão “promover a difusão científica de seus resultados através de atividades educativas, pois isso permitem com que a sociedade valorize e entenda o papel da ciência em suas vidas cotidianas”. 

Os projetos de pesquisa desenvolvidos nos INCTs são projetos de longo prazo e de grande complexidade, os quais viabilizam a participação de pesquisadores de universidades brasileiros e estrangeiros, independentes de sua localização, que atuem em uma mesma área, com o intuito de impulsionar o desenvolvimento científico em áreas estratégicas. De acordo com o edital, "os INCTs serão formados a partir de uma instituição sede, com capacidade de alavancar recursos de outras fontes, e por um conjunto de laboratórios ou grupos associados de outras instituições, articulados na forma de redes científico-tecnológicas".  

Texto: Messias Azevedo/Ascom Uepa