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AGRICULTURA E PESCA

Emater conecta experiências de agricultores do sudeste e do nordeste paraenses 

Produtores de Goianésia do Pará e Jacundá, no Lago de Tucuruí, foram a Capitão-Poço, no Rio Capim, conhecer as boas práticas de culturas

Por Governo do Pará (SECOM)
05/12/2022 11h59

Com o incentivo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), agricultores do sudeste paraense estão diversificando a produção para além da tradição da pecuária. Dentro de uma programação de ações contínuas de intercâmbio e capacitação, em novembro, dois produtores de Goianésia do Pará e Jacundá, na região do Lago de Tucuruí, foram a Capitão-Poço, na região Rio Capim, conhecer experiências bem-sucedidas de citricultura, cultivo de cacau, cultivo de pimenta-do-reino, hidroponia, produção de mudas e sistemas agroflorestais (safs). 

“Buscamos aliar o interesse já manifesto dos próprios produtores, o que perpassa todo um trabalho de troca de saberes e conscientização a partir da extensão rural, com novas oportunidades de negócios, sempre na perspectiva de desenvolvimento sustentável”, explica o chefe do escritório local da Emater em Jacundá, o técnico em agropecuária William Ghisolf.

Acompanhados pela coordenação da Emater nos seus municípios de origem, com parceria das respectivas Câmara de Vereadores e Prefeitura, Benedito Silva, 68, e Magno Sena (mais conhecido como “Amarelinho do Alto Bonito”), 34, compuseram a comitiva que presenciou o passo-a-passo, o acesso às políticas públicas e a atualização de tecnologias em propriedades atendidas.

“Quando apresentamos manejo, detalhes técnicos, contexto de faturamento e lucro, não só treinamos a mão para aquele caminho de produção: nós também treinamos o olhar para questões socioculturais, que realmente transformam a vida da família e da comunidade e impactam no abastecimento, na socioeconomia e na segurança alimentar dos municípios”, considera o engenheiro agrônomo Antônio Augusto Santos, do escritório da Emater em Capitão-Poço.

Histórias cruzadas  - De Goianésia do Pará, Benedito Silva, 68, é proprietário do Sítio São Pedro, na Vila Janari, onde vivem 120 famílias. Silva e a esposa, Lucimar, 65, trabalham sobre 50 hectares de gado misto e consórcio de açaí, banana e cacau. 

Beneficiários da linha Floresta do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o casal pretende “aprender mais coisa”, diz Silva. “Eu vejo como um sucesso a gente poder explorar mais alternativas para nossas áreas, no pensamento de que podemos produzir mais e melhor”, completa. 

Já Amarelinho do Alto Bonito preside a Associação dos Pequenos Produtores e Agricultores Rurais do Alto Bonito - II (Aprab - II), com 280 famílias. Junto com a esposa, Isabela, 24, ele encaminha a Horta do Amarelinho: ¼ de hectare com hortaliças orgânicas. “Também vislumbramos para a Comunidade como um todo a possibilidade de citrus, como laranja, limão e tangerina, porque no município não existe suficiência ainda”, aponta. 

Para o chefe do escritório da Emater em Goianésia, o engenheiro agrônomo José Luiz Lopes, a história de um agricultor atendido pela Emater nunca é isolada: cada êxito se integra como exemplo e imersão para uma dimensão de outros agricultores: “A gente estimula multiplicação de conhecimento e consenso entre raízes culturais e as novidades científicas - e de mãos dadas vamos construindo projetos viáveis, de adequação ambiental e utilidade social”, resume. 

 Texto de Aline Miranda / Ascom Emater