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Aniversário de 57 anos da Emater ressalta experiências de sucesso e atuação em todos os cantos do Pará 

Mudanças na forma de produção e na vida de agricultores familiares refletem importância da assistência de qualidade

Por Governo do Pará (SECOM)
30/11/2022 11h28

No próximo dia 3 de dezembro, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) completará mais uma etapa na jornada de 57 anos do Governo do Pará no atendimento direto e indireto de agricultores familiares em todos os 144 municípios paraenses.

Com mais de mil especialistas compondo equipes multidisciplinares, a atuação é diária:

“A Emater chega a todos os pontos, traçados e geografias de um estado com multidiversidade cultural e dimensões continentais. Esta não é uma comemoração só nossa: é uma comemoração cidadã e da dignidade humana”, resume o presidente do órgão, Rosival Possidônio.

Muitas vezes invisíveis aos olhos das cidades, o trabalho da Emater no campo representa efetivação de políticas públicas, acesso a tecnologias e valorização dos saberes e tradições, com resultado de produção de alimentos, consumo responsável, diminuição da pobreza e desenvolvimento sustentável.

Em 2022, mais de 50 mil beneficiários estão sendo contemplados com abordagens e métodos mais atualizados por meios capacitações e eventos. Entre outras ações estratégicas, até o momento já foi intermediado um montante de mais de R$ 55 milhões de crédito rural, emitidos mais de cinco mil e 500 cadastros ambientais rurais (cars) e organizados mais de 100 oficinas, mais de 45 cursos e mais de 50 feiras. 

Experiência - Uma das parceiras de longa data é a agricultora e pedagoga Lucilene Sousa, 53 anos, primeira presidenta da Cooperativa de Produtores Familiares de Santarém (Coopafs), município-polo do oeste do Pará. 

“A Emater ajuda e ajudou desde sempre. Com a Emater, conseguimos documentos fundamentais, como o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar, antiga Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (CAF), Pronaf (Dap) e temos acompanhamento contínuo nos cultivos, plantios, criações, produzindo mais e melhor”, diz. 

No dia 7 de dezembro, a liderança feminina da agricultura familiar subirá em um palco na capital do país, Brasília, diante de centenas de pessoas, para recontar uma história que se integra à história do próprio aniversário da Emater: a Cooperativa é uma das vencedoras do prêmio SomosCoop Melhores do Ano 2022, na categoria Intercooperação, de promoção da Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB), no qual concorreram 787 cases. 

No momento de fala, no que diz respeito ao Plano de Investimento para Capital de Giro na Agricultura Familiar Durante a Pandemia de Covid-19, a voz de Lucilene refletirá a de um apoio do escritório local da Emater que existe desde o início do grupo, em 2011, e de pelo menos 700 protagonistas de 12 comunidades da zona periurbana e rural do que se chama “Metrópole” naquela região originária: são 180 famílias cooperadas em Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos, incluindo assentados da reforma agrária, indígenas, pescadores e quilombolas. 

“Quando a gente fala de Emater, é preciso entender uma dinâmica que é conduzida em várias perspectivas: social, ambiental, técnica. Nós caminhamos juntos das populações na conscientização sobre preservação e legislação, atualização científica, maneiras de interligar cidade e zona rural, importância de organizações sociais. É mesmo uma grande história institucional construída com as histórias de cada beneficiário”, avalia o chefe do escritório local da Emater em Santarém, o engenheiro florestal Elton Ferreira. 

O Projeto, agora premiado, começou em 2020, na busca de soluções para a crise socioeconômica gerada pela crise sanitária: a Coopafs conseguiu captar R$ 50 mil reais, por meio de um edital da empresa privada Cargill, para aquisição de sementes, embalagens e isopores, entre outros insumos. O aporte restaurou a horticultura e fruticultura de famílias que haviam perdido tudo pela dificuldade de manutenção e de escoamento e permitiu a incorporação imediata de tecnologias úteis, como perfis microempresariais em redes sociais e serviço de delivery.

“Foi um giro de alívio e de recomposição. Voltamos a produzir alimentos para subsistência e comercialização, na atenção ao abastecimento do município e vizinhos, e agora fornecemos para a merenda escolar e para entidades do governo federal”, explica a bióloga e mestranda em recursos naturais da Amazônia pela Universidade Federal do Oeste Paraense (Ufopa), Thamilles Sousa, 23 anos, uma das filhas de Luciene e colaboradora da Coopafs. 

Exemplo - Lucilene e as três filhas Thaís, 25 anos, Thamilles, 23 anos, e Talita, 22 anos, caminham com a coletividade o cooperativismo diferenciado em Santarém. Além disso, estão à frente de um hectare de hortaliças orgânicas. O filho caçula, Kaleb, 18, mora em Manaus, no Amazonas. 

Uma das diretrizes é a imersão das novas gerações no processo de sucessão familiar: “Reforçamos muito a importância do envolvimento dos jovens, das mulheres, não para se engessarem no que já existe, e sim, para serem os líderes do futuro, para se capacitarem e participarem da evolução comunitária. Temos um método de gestão compartilhada e um lema: ‘Cooperar é da nossa natureza’. Natureza do ser humano e natureza do ecossistema”, detalha. 

Programação - O festejo do aniversário de 57 anos da Emater estende-se ao longo de dezembro: palestras e entrega de medalhas e placas homenagearão temas ligados à trajetória de mais de 50 anos e servidores-destaque. A cerimônia de encerramento está prevista para 22 de dezembro, no escritório central, em Marituba, região metropolitana de Belém (RMB). 

Texto: Aline Miranda/Ascom Emater