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Corpo de Bombeiros alerta sobre o uso correto de fogos de artifício durante a Copa do Mundo

Neste ano, o governador Helder Barbalho sancionou lei que proíbe a soltura de fogos de artifício com estampido em todo o território do Estado do Pará

Por Giovanna Abreu (SECOM)
28/11/2022 11h05

No período da Copa do Mundo há, tradicionalmente, um aumento no uso de fogos de artifício durante as comemorações dos jogos, entretanto, alguns cuidados não podem ser esquecidos, pela gravidade dos acidentes que o manuseio inadequado do utensílio pode provocar, a exemplo de queimaduras, mutilações e até a morte. Por isso, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará alerta sobre dicas de prevenção para o uso. 

Os cuidados devem começar já na aquisição dos fogos, que, de acordo com o subdiretor de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros, major Raimundo Moura, deve ser feita em comércio legalmente habilitado pelo Exército Brasileiro, que regula a venda desses artefatos explosivos, além do licenciamento do Corpo de Bombeiros e da certificação do Inmetro, que garante a qualidade do produto.

“É indispensável ler todas as instruções de segurança do produto, utilizar em local afastado das pessoas, em áreas abertas e sem fiação elétrica, longe de hospitais, de postos de combustível. Nunca ingerir bebida alcoólica ou utilizar medicamento se for manusear o explosivo, que jamais deve ser segurado diretamente na mão. A forma correta de utilizar é colocar ele no chão ou em uma base. A maioria dos acidentes por fogos de artifício, é pela não observância de alguns desses fatores”, pontua o subdiretor. 

O vendedor e utilizador de fogos de artifício, Salim Iunes, destaca que o Corpo de Bombeiros do Pará tem uma normativa que regulamenta a soltura de fogos de artifício, tanto uso profissional quanto amador.

“Por exemplo, mesmo os fogos próprios para crianças, os de classe A, têm sempre que ter a supervisão de um adulto. A maior incidência de acidentes com as crianças, como queimaduras, ocorre porque não havia um adulto presente para orientar. Uma informação importante é que quando o produto falhar, não se deve reaproveitá-lo. Deve-se esperar um tempo de segurança de 10 a 15 minutos para chegar perto dele, para que se possa fazer o descarte na empresa onde foi comprado ou molhar o produto, que aí ele perde a sua característica principal, a detonação. Então, é só mergulhar em um balde”, informa.

Acidentes - Segundo o major do Corpo de Bombeiros, os acidentes com fogos de artifício danificam, sobretudo, os membros superiores, a exemplo dos braços, mãos, além do tronco e rosto. “Em situações de acidente, pode ir a queimadura de 1º, 2º ou 3º grau ou até a perda de um membro. Se for queimadura de 1º grau, só vermelhidão, sem a formação de bolha, deve colocar a parte afetada em água corrente. Os acidentes de grau 2 ou 3 requerem maior cuidado. Deve ser usado pano umedecido com soro fisiológico para cobrir o ferimento e evitar infecção, e seguir, imediatamente, para a unidade de saúde mais próxima. Na perda de um membro, deve-se tentar estancar o sangue até a chegada do atendimento médico. Acione o Corpo de Bombeiros pelo 190 ou a Samu pelo 192”, explica.

No dia do primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo 2022, o Centro Folclórico Lagostão, em Afuá, no Marajó, foi destruído por um incêndio. A suspeita é que o fogo tenha iniciado a partir de fagulhas de fogos de artifício lançados durante o jogo. Para evitar acidentes, é necessário adotar todas as medidas preventivas.

Fogos com estampido - O governador Helder Barbalho sancionou, em maio deste ano, a Lei nº 9.593 que proíbe a soltura de fogos de artifício com estampido em todo o território do Estado do Pará. Crianças, autistas, gestantes, idosos, pessoas acamadas, além de animais, são os principais beneficiados com o combate à poluição sonora, do dispositivo legal do poder executivo estadual.