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Seduc assume processo de formação dos professores do Mundiar

Por Redação - Agência PA (SECOM)
14/06/2018 00h00

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) inicia nova fase da Formação Continuada dos professores Unidocentes dos Ensinos Fundamental e Médio do Mundiar - programa que atua na correção da distorção idade/ano escolar desde 2014. A formação 2018, que ocorre desde o dia 13 e segue até esta sexta-feira, 15, em Belém, referente ao Módulo II, será feita integralmente pelo Comitê Multidisciplinar, composto por 30 professores da Seduc, conforme preconiza a parceria com a Fundação Roberto Marinho.

A formação abrange 100 professores, supervisores pedagógicos e coordenadores de unidades Seduc na Escola (USEs), nos dias 13 e 14, e no dia 15 será a vez das unidades regionais de Educação (UREs), estes últimos por webconferência.

Segundo Marcos Lopes, coordenador Estadual do Mundiar, nesta etapa do Programa, a Seduc assume, exclusivamente, o processo de formação dos professores, feito anteriormente por profissionais de outros estados, vinculados à Fundação Roberto Marinho.

“É um compromisso da Seduc dar continuidade, com recursos próprios, ao acompanhamento da redução idade-ano na rede estadual. O Comitê é uma estratégia de transição da metodologia telesala e de continuidade do Mundiar sem cobertura da Fundação Roberto Marinho”, destacou o coordenador.

Este ano estão matriculados no Mundiar 19 mil alunos nos Ensinos Médio e Fundamental. Podem ingressar no Mundiar, para concluir o ensino Fundamental, alunos a partir de 13 anos e também de 17 anos ou mais que ainda não conseguiram concluir o Ensino Médio.

Iziel Sousa, professor de Química da Escola Estadual David Mufarrej, em Belém, destaca que entrou no Mundiar em 2016, mas que as formações auxiliam no desempenho dos professores em sala de aula, já que contam com o recurso do áudio e vídeo no aprendizado dos estudantes. “As formações são um momento para absorver conhecimentos, tirar dúvidas para garantir que o estudante tenha melhor aprendizado”, disse.

A formadora Ana Telma Araújo, professora da rede há 22 anos, destaca que o passo a passo da metodologia Mundiar auxilia na vivência professor e aluno na sala de aula, “pois coloca o ensino mais próximo da necessidade de aprendizado dos alunos”, explicou.

Resultados

Entre os principais resultados do Mundiar está a queda da taxa de distorção idade-série no Pará. De acordo com os dados gerados por todas as redes de ensino (pública e privada), em 2017, apurou-se que o Ensino Fundamental paraense registrou uma taxa de distorção de 30,5%, representando uma queda, ao se comparar com o valor de 2010, que era de 40%.

Isso aponta que cresce o número de estudantes matriculados na idade adequada, compatível com o nível de ensino. Reduções mais expressivas da taxa de distorção são também constatadas nos anos iniciais do Fundamental e do Ensino Médio: 14,1 e 11,7 pontos percentuais, respectivamente.

O declínio do indicador é resultado do Programa de Melhoria da Qualidade e Expansão da Cobertura da Educação Básica – núcleo do Pacto pela Educação – ação política do Governo do Estado que congrega instituições públicas e privadas de vários setores no empenho de elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Estado. Financiado com recursos do Tesouro do Estado e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Executado desde 2014 pela Seduc, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o Mundiar tem o objetivo de corrigir a distorção escolar idade/ano e de reduzir a repetência e evasão de alunos da rede pública de ensino. E já beneficiou 50 mil alunos dos ensinos Médio e Fundamental, cujos estudos estavam atrasados em relação à idade.