Caminhada chamará atenção para casos de violência contra idosos
Membros do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa (Cedpi) farão, na manhã da sexta-feira (15), uma caminhada no Parque do Utinga, em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, a partir das 7h. A atividade reunirá representantes do Estado e da sociedade civil que atuam em ocorrências de violência contra pessoas com mais de 65 anos e, de um modo geral, na luta pela garantia dos direitos dos idosos.
No Pará, dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde apontam que 156 casos de violência contra idosos ocorreram em 2016 e outros 128 em 2017. Nota técnica emitida pela Coordenação de Saúde do Idoso da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) garante que há mais casos no Estado, mas por conta da subnotificação, nem todos são registrados oficialmente.
“É notório que existe uma subnotificação nesses casos, com necessidade de se investir em qualificação na área para o preenchimento das fichas de notificação compulsória de maus tratos, além de ações voltadas à prevenção de violência, capacitando os profissionais de saúde na identificação dos casos suspeitos, em especial naqueles idosos em situação de vulnerabilidade, com posterior intervenção de maneira a protegê-lo de seu agressor. É uma tarefa difícil, pois estatísticas demonstram que o agressor é, em sua maioria, o membro da própria família, em especial filhas e filhos”, assinala a nota.
Atualmente, pessoas com mais de 65 anos no Pará equivalem a 7% da população, ou seja, dos 7.822,205 habitantes, 549.470 habitantes são idosos. Ou seja: esse número cresce anualmente devido ao aumento da expectativa de vida da população, em especial o subgrupo de idosos acima dos 80 anos. Segundo o IBGE, para cada duas pessoas com menos de 15 anos, existe uma acima de 60. E isso tende a triplicar pelo menos até 2050.
Atualmente, além da Sespa, possuem assento no Cedpi integrantes das Secretarias de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), de Esportes e Lazer (Seel), de Educação (Seduc) e de Turismo (Setur), além da Ordem dos Advogados do Brasil (Seção Pará), Companhia de Habitação do Pará (Cohab), Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais (Abrato), Pastoral do Idoso e Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD).
Para denunciar casos de violência contra idosos podem ser procurados o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Defensoria Pública, Ministério Público (que mantém uma promotoria dedicada ao assunto) e Delegacia do Idoso.
