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Ophir Loyola apresenta resultados práticos após implantação da Fase II do Lean

Indicadores quantitativos e qualitativos apontam melhorias nos fluxos e processos do centro cirúrgico e das enfermarias

Por Governo do Pará (SECOM)
23/11/2022 12h57

A Comissão do Projeto Lean nas Emergências no Hospital Ophir Loyola (HOL) apresentou, na manhã desta terça-feira (22), os resultados dos indicadores da Fase II - Transformação Lean nos Hospitais. Durante a cerimônia, realizada no auditório da Fundação Amazônica de Música, em Belém, a diretoria acompanhou, junto aos gestores, os avanços obtidos com a aplicabilidade da metodologia defendida no projeto. O Lean oferece consultoria do Hospital Sírio-Libanês (HSL), via Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde.

Implementada em julho deste ano, a Fase 2 do Projeto Lean viabilizou a identificação dos desafios enfrentados pelas equipes das enfermarias e do centro cirúrgico do Ophir Loyola. O Projeto reuniu as equipes dos setores, que pensaram soluções para melhor gerir recursos, otimizando os espaços e insumos. Como resultados, houve redução no tempo médio de permanência; otimização do fator de utilização do leito hospitalar; redução do intervalo de substituição dos leitos; aumento do índice de giros de leitos; e aumento da eficiência do centro cirúrgico.

Os resultados foram apresentados pelo coordenador médico do centro cirúrgico do HOL, Isamu Komatsu, pela gerente e pelo administrador do Lean no Ophir, Samanta Miranda e Walace Santos, respectivamente. O evento destacou a trajetória de aplicabilidade das ferramentas do Lean no hospital e contou com a presença dos consultores do HSL, o médico Marcello Pedreira, bem como da especialista em processos, Jackeline Carvalho, e do coordenador médico de projetos, Rasivel Santos Junior. 

De julho a outubro de 2022, os membros da comissão apontaram desafios, mas também acompanharam de forma remota e presencial as soluções e os resultados obtidos com a aplicação de ferramentas da metodologia, voltada a evitar desperdícios e ociosidade. No centro cirúrgico, as mudanças contribuíram para aumentar o engajamento das equipes, e a reduzir em 40% os atrasos da primeira cirurgia. Notou-se ainda a redução em 23% dos cancelamentos cirúrgicos.

Já nas unidades de internação, houve redução da média de permanência, assim como verificou-se um aumento no giro de leitos a partir da alta segura dos pacientes. “É com enorme alegria e com muita emoção que anunciamos esses avanços. Trabalhamos para a melhoria contínua dos nossos serviços. Somos 100% SUS e é com muito orgulho que parabenizamos a todos os profissionais do Ophir Loyola e aos consultores do Hospital Sírio-Libanês por todo o empenho na aplicabilidade do Projeto Lean, que nos ajudam a ser ainda mais eficientes”, celebrou diretor clínico e coordenador do Projeto Lean nas Emergências no HOL, Dr. João de Deus.

Após a exibição de todo o processo elaborado com as equipes, os consultores destacaram o aumento da qualidade da assistência prestada ao usuário e, principalmente, o aumento da efetividade e eficiência da equipe do centro cirúrgico. As congratulações foram recebidas com entusiasmo pelos anfitriões. “Parabéns a todos que foram incansáveis na realização desse projeto. Agradeço ao nosso governador, Helder Barbalho, e ao nosso secretário de saúde, Rômulo Rodovalho, que sempre se fazem presentes e  não medem esforços para alcançarmos avanços históricos na saúde pública do Pará”, ressaltou a diretora-geral do HOL, Ivete Vaz, que compôs a mesa de abertura ao lado dos demais membros da diretoria da instituição paraense.

Indicadores  - A metodologia Lean é uma filosofia de melhoria contínua de processos fundamentada em tempo e valor, e faz uso de indicadores, como a Escala de Superlotação do Departamento Nacional de Emergência (do inglês Nedocs), que afere o grau de de lotação e os riscos aos usuários. Outro indicador utilizado na metodologia é o LOS (abreviação do inglês Length of Stay), que mede o tempo de permanência do usuário. “Em pouco tempo conseguimos grandes resultados. Todos nós tínhamos o mesmo objetivo: ver o paciente bem e em casa. E os resultados mostram que isso tudo só foi possível com o apoio da diretoria do hospital e com a participação de todos vocês. Tenho muito orgulho de fazer parte disso e de dizer que também faço parte da família Ophir Loyola”, destacou Pedreira. 

Plano de Ação reduz demanda reprimida

Paralelo ao Projeto Lean, o HOL realizou um plano de ação a fim de atender a demanda reprimida concentrada nas clínicas cirúrgicas, principalmente, nas clínicas de onco abdômen, cabeça e pescoço e urologia, nessa ordem, respectivamente. “O Hospital tinha, em média, 200 pacientes aguardando por cirurgia em cada uma dessas especialidades. Em junho montamos um plano, porém as ações começaram a ser implementadas em julho. Dentre as principais medidas tomadas, destacam-se a contratação de especialistas para as áreas citadas, avanços nos fluxos do serviço de Urgência e Emergência, assim como dos ambulatórios e enfermarias, para assim melhorar os indicadores e a rotatividade de leitos”, elucidou a Superintendente do Instituto de Oncologia do HOL, Ana Paula Borges.

O projeto piloto iniciou na Clínica de Onco Abdômen e obteve retorno positivo ainda no primeiro mês, posteriormente foi adaptado para outras especialidades. Houve o remanejamento de doenças benignas para outros hospitais estaduais com apoio da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa). Em julho, havia uma fila de 189 pacientes nessa especialidade que caiu para 93, em 30 dias. No mês de outubro, foram zeradas a fila de espera por cirurgias de mastologia, ginecologia e ortopedia.

Vale ressaltar que os avanços ocorrem ainda pelos investimentos em mutirões de cirurgias, que são realizados aos sábados e, em alguns dias da semana, após às 16h. “Os pacientes passaram por um  ambulatório de reavaliação, foram solicitados novamente exames e assistidos em mutirões. O número de cirurgias aumentou de 33 para 60 (mensais em cada especialidade) e houve melhoria de outros índices, rotatividade, admissões, alta, taxa de ocupação e taxa de permanência médica”, conclui Ana Paula Borges.

Texto de Ellyson Ramos com informações de Leila Cruz  / Ascom Hospital Ophir Loyola