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Final do 5º TechCamp Pará reúne estudantes de oito municípios paraenses, em Belém

A competição de robótica busca estimular a abordagem STEAM na perspectiva juvenil

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
17/11/2022 17h05

Após dois anos sendo realizado virtualmente, a 5ª edição do TechCamp Pará marca o retorno presencial dos alunos na maior competição de robótica do Estado. O evento é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Instituto Federal do Pará (IFPA) e Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (CCBEU), que busca estimular a abordagem STEAM na perspectiva juvenil.

Nesta quinta-feira (17), o Campus do IFPA Belém foi a grande arena da tecnologia, reunindo estudantes e professores dos municípios de Ananindeua, Abaetetuba, Belém, Bragança, Benevides, Castanhal, Marabá e Tucuruí. No local, as equipes que venceram as seletivas regionais expuseram seus trabalhos ao público e os três projetos de maior impacto social e de maior relevância, foram premiados ao final da programação.

Durante o evento, também ocorreu o campeonato de futebol de robôs criado por alunos de escolas públicas em todo o Pará. A poucos dias para o início do maior torneio de futebol do mundo, os estudantes se inspiraram nessa temática e trouxeram diferentes países nas partidas. Os três primeiros colocados foram premiados com troféus e medalhas, já a escola da equipe campeã ganhou um kit semi profissional com 174 ferramentas para o desenvolvimento de novos projetos de robótica, visando a TechCamp 2023 e outras competições.

Aprendizado - Os mais de 450 km que separam Belém e Tucuruí não desanimaram o aluno João Lucas Pantoja, da Escola Estadual Rui Barbosa, que estava ansioso para participar do TechCamp na capital paraense. “Está sendo algo maravilhoso, porque está me possibilitando novas oportunidades, mais conhecimentos e experiências. Participei ano passado virtualmente, agora de maneira presencial e estou amando, espero vir mais vezes para eventos desse tipo”.

O jovem estudante revela que sempre gostou da robótica, mas nunca tinha se envolvido com a área, até que ano passado conheceu mais sobre o assunto através de um professor da sua escola. “Ele me convidou para fazer parte de um projeto, me apaixonei e, com certeza, não saio mais. Não pretendo seguir carreira profissional, mas não tenho dúvidas que adotarei a robótica como um hobbie na minha vida e, sempre que possível, irei praticá-la”, detalhou. 

Quem não deixou de participar do TechCamp Pará 2022 foi a estudante Quézia Guedes, que frequenta a Escola Estadual Prof. Paulo César Rodrigues, em Castanhal. Além de melhorar o aprendizado na unidade de ensino, ela acredita que pode levar esses conhecimentos para o seu dia a dia. “Antes, eu era uma pessoa que não tinha interesse algum pela robótica, até que fui convidada para participar do clube de robótica da minha escola. Achei a iniciativa muito importante, porque incentiva os alunos a gostarem mais da matemática, que é uma disciplina bastante presente nesse tipo de atividade”, ressalta.

Protagonismo - Segundo o coordenador do 5º TechCamp Pará, Tony Cunha, a importância do evento é que ele está dando continuação a um processo que começou em 2018, na sua 1ª edição. “De lá para cá, nós já chegamos ao 5º ano e temos agregado esforços dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs) de vários municípios, os quais trouxeram equipes com projetos de pesquisa científica e seus times de futebol de robôs. Portanto, a nossa grande contribuição para a educação é justamente trazer o aluno para ser o principal protagonista do seu processo de aprendizado”.

Tony Cunha disse, ainda, que através de metodologias científicas e projetos inovadores têm surgido projetos fantásticos, os quais terão impacto social direto nas comunidades desses estudantes. “Eles conseguem desenvolver grandes iniciativas a partir da utilização da automação eletrônica com o arduíno e a programação. Além disso, os alunos construíram seus próprios robôs e estão participando do 5º campeonato de futebol de robôs do TechCamp Pará”, complementou. 

Para o titular da Coordenação de Tecnologia Aplicada à Educação (CTAE) da Seduc, Jó Elder Vasconcelos, o destaque deste ano foi a grande adesão dos municípios ao projeto. "No 1º ano, não tivemos a participação de cidades interioranas, apenas de escolas da capital. Mas, desta vez, a gente conseguiu trazer representantes de quase todas as regiões paraenses. Esse é um tipo de trabalho que os alunos ficam motivados porque sabem que a produção deles de um ano inteiro está sendo exposta para o público e tendo a possibilidade de serem premiados por isso. Outro fator importante é a criatividade e inovação dos estudantes, que hoje em dia estão à frente de iniciativas como essa e que fazem a robótica de fato acontecer, a gente enquanto professor só orienta e monitora”, destacou.