Escritório Social atua para ressocialização dos egressos do sistema prisional paraense
Em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o Escritório já realizou mais de 850 atendimentos presenciais até este mês
O Escritório Social na travessa Dr. Moraes, parceria do Governo do Pará, por meio da Seap, com os órgãos da Justiça“Eu não sabia o que era preconceito até eu sair da cadeia. Saí, em 2019, com monitoramento, então ninguém queria me dar emprego por eu ter passado por uma casa penal. Eu queria uma oportunidade para mudar a minha vida, para recomeçar. O meu objetivo é que meu filho se espelhe em mim, sabendo que cometi um erro, paguei por ele e consegui dar a volta por cima. Encontrei aqui no Escritório Social essa oportunidade. Trabalhar aqui abriu a minha mente tanto pessoalmente como profissionalmente”, relata o auxiliar administrativo, Roberto Fernando, 24 anos, egresso que trabalha no Escritório Social.
A reinserção na sociedade, sobretudo, no mercado de trabalho, é um dos principais desafios de um egresso do sistema penitenciário ao fim de sua pena. O Escritório Social atua para fortalecer as estratégias de ressocialização e transformar essa realidade de egressos e seus familiares, com a implementação de políticas humanizadas que reduzam a reincidência. Inaugurado em junho de 2021, o Escritório já registrou mais de 850 atendimentos presenciais até este mês.
Equipe do Escritório Social trabalha para garantir uma custódia humanizada alinhada ao processo de reinserção socialA iniciativa resulta da parceria do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado e Administração Penitenciária (Seap), com os órgãos da Justiça, seguindo as orientações do Programa "Fazendo Justiça", coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) juntamente com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Segundo o gerente do Escritório Social, Gerson Santos, o equipamento público visa à articulação entre os poderes Executivo e Judiciário com o intuito de promover acolhimento aos egressos.
“Atuamos para garantir uma custódia humanizada alinhada ao processo de reinserção social. Queremos garantir oportunidades, uma vida mais digna, com acesso à educação, ao trabalho, à qualificação, por meio do fortalecimento de uma rede de apoio e de serviços. É um trabalho técnico, social e psicológico realizado junto ao egresso e a família”, pontua.
O assistente social do Escritório, Leandro Medeiros, pontua que a equipe psicossocial do espaço atua além das demandas de garantir emprego e renda aos egressos. “Verificamos a situação de vulnerabilidade do egresso e da família, com todo o cuidado sobre a questão social, assistência, habitacional, emissão de documentos, qualificações, entre outros. Orientamos e fazemos encaminhamento para que novos caminhos sejam traçados por eles, o que afasta a possibilidade de reincidência na criminalidade”, diz.
Entre os projetos futuros do Escritório, de acordo com o Gerson Santos, estão o avanço da empregabilidade e atuação junto às Usinas da Paz; a expansão da iniciativa para além da Região Metropolitana de Belém; fortalecer a rede integrada de parceiros, a gestão do conhecimento para os servidores que atuam na Seap com pessoas privadas de liberdade vinculadas a projetos e ações de reinserção social, entre outros.
SERVIÇO
O Escritório Social fica na travessa Dr. Moraes, nº 565, Sala 1 – Entre as avenidas Conselheiro e Mundurucus. Horário de atendimento é de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 18h. Telefone/WhatsApp: (91) 98896.5279, o Instagram: @escritoriosocial.pa.