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SAÚDE PÚBLICA

Servidores da Sespa participam do 57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Como palestrantes, moderadores e expositores de estudos científicos, os profissionais do Pará apresentam ações realizadas para enfrentar diversas doenças

Por Roberta Vilanova (SESPA)
15/11/2022 20h54

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) apoia a realização do 57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop 2022) e viabiliza a participação de grupos de servidores na programação científica, que inclui cursos, conferências, miniconferências e mesas-redondas. O evento começou no último domingo (13) e será encerrado nesta quarta-feira (16), no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, com a participação de profissionais, pesquisadores e estudantes da área de saúde.Bruno Pinheiro mostra um dos trabalhos científicos expostos no Medtrop

O Medtrop 2022 marca os 60 anos da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), uma das mais antigas e atuantes sociedades científicas do Brasil, e também a retomada dos eventos científicos presenciais, não realizados em 2020, e em 2021 apenas em ambiente virtual.

Nesta terça-feira (15), a diretora do Departamento de Controle de Endemias, Adriana Tapajós, e o coordenador estadual de Doenças de Chagas, Eder Amaral Monteiro, atuaram como moderadores da mesa-redonda sobre o tema “Amazônia no controle sustentável da doença de Chagas. Desafios enfrentados e inovações sendo implementadas no pós-covid-19”. Além de moderador, Eder Monteiro proferiu palestra sobre o tema “Painel Chagas, estratégia de monitoramento da doença de Chagas”.

A mesa-redonda integrou a programação da Reunião de Pesquisa Aplicada em Doença de Chagas e Leishmanioses (ChagasLeish 2022), coordenada pela pesquisadora Ana Yecê Pinto, do Instituto Evandro Chagas (IEC), que tem o objetivo de promover intercâmbio técnico-científico entre profissionais de saúde e pesquisadores, buscando novas estratégias de controle, profilaxia, tratamento e manejo clínico nessas endemias.

O técnico da Sespa Amiraldo Pinheiro presidiu a conferência “Experiência do Brasil no fortalecimento e ampliação da Rede de Vigilância, Alerta e Respostas às Emergências em Saúde” e foi moderador da mesa-redonda “As doenças infecciosas e os sistemas de informação em saúde”.

Programação científica - O Medtrop contou com 12 cursos pré-congresso, 50 miniconferências, 72 mesas-redondas, 30 conferências e cinco reuniões satélites: Reunião Aplicada de Doenças de Chagas e Leishmaniose (ChagasLeish); IX Workshop de Genética e Biologia Molecular de Insetos Vetores de Doenças Tropicais (Entomol9); Fórum de Doenças Negligenciadas (Fórum DN); Workshop Nacional da Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (Rede-TB) e 2º Fórum Covid-19.

“O Medtrop está ótimo, com muitos temas importantes. Gostaria até que se estendesse por mais dias. Gostei muito, principalmente da arena silenciosa, que foi a grande novidade do evento, porque a gente fica num espaço movimentado sem perder a concentração”, avaliou a coordenadora estadual de Controle de Arboviroses, Aline Carneiro. Na arena silenciosa, os palestrantes ficam em um palco aberto na feira de exposição, enquanto a plateia acompanha tudo com o uso de fones de ouvido.

A coordenadora estadual de Controle de Esquistossomose, Filariose, Geo-helmintos e Tracoma, Antonilde de Sá, também aprova a programação. “É uma oportunidade de encontrarmos pesquisadores nacionais, abordando temas importantes para a Amazônia, como a resistência de vetores a inseticidas, novas perspectivas de controle vetorial. É importante a gente ter contato e acesso aos pesquisadores para poder trazer essas novas ferramentas para o nosso serviço”, disse a coordenadora.

Para o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho, a capacitação profissional por meio de congressos científicos é fundamental para a melhoria dos serviços públicos. “Nesses eventos são apresentadas novas estratégias de prevenção e controle de doenças, novos métodos de diagnóstico e tratamento, assim como ocorre a troca de conhecimentos e experiências entre os profissionais de diversas áreas da saúde”, ressaltou o titular da Sespa.

Trabalhos científicos - O coordenador do novo Núcleo de Informação em Vigilância em Saúde (Nivs), Bruno Pinheiro, informou que a Sespa também está participando com oito trabalhos científicos elaborados pelo Nivs: “Análise de conformidade de dados clínicos de uma doença crônica de notificação compulsória do Sinan no estado do Pará”, “Análise espaço temporal da dengue na microrregião de Belém”, “Análise espaço temporal do sarampo no estado do Pará, no período de 2019 a 2021”, “Aplicativo de manejo clínico de acidentes por animais peçonhentos", “Geoepidemiologia da covid-19 em Belém e Ananindeua: evolução espaço-temporal da 12ª a 22ª semanas epidemiológicas”; “Geoepidemiologia da covid-19 no Pará: evolução espaço-temporal da 12ª a 22ª semanas epidemiológicas”, “Perfil epidemiológico dos casos confirmados para sarampo no estado do Pará, Brasil, 2019 a 2021” e “Impacto da covid-19 no estado do Pará no início da epidemia. Uma análise dos casos notificados até a semana epidemiológica 18 de 2020”.

Estande da Sespa no Medtrop 2022Sobre o novo Núcleo da Sespa, Bruno Pinheiro informou que o objetivo é atender plenamente as demandas de informação da Vigilância em Saúde, com ênfase no fortalecimento e na implementação no Pará da Estratégia de Saúde Digital para o Brasil. “Pretendemos agilizar os processos de coleta e análise de dados, incorporando tecnologias inovadoras e aprimorando o relacionamento intersetorial para disponibilizar, oportunamente, com precisão e transparência, a informação estratégica, tática e operacional da Sespa, a partir dos sistemas do SUS, produzindo conhecimento em evidências técnicas e científicas, como na oportunidade do Medtrop 2022”, informou.

A Sespa mantém no evento um estande para exposição das atividades desenvolvidas pelos diversos setores ligados à Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), no âmbito das políticas públicas para o controle de doenças tropicais.