Santa Casa do Pará tem novo espaço para atendimento de pacientes com fissura labiopalatal
Com o apoio de uma rede de parceiros, a instituição amplia a qualidade do Serviço de Referência em Fissuras e Anomalias Craniofaciais
O novo espaço de reabilitação para crianças e jovens com fissura labiopalatal foi entregue na manhã desta quarta-feira (26) na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, no 3º andar do Ambulatório de Pediatria. O evento contou com as presenças de gestores da hospital, representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Associação Sorrisos Largos de Apoio ao Fissurado Labiopalatal, e integrantes da ONG Smile Train, instituição filantrópica que atua em dezenas de países na capacitação de profissionais para cirurgias reparadoras, entre outras ações.
Para a cirurgiã Cynthia Rocha, coordenadora médica do Serviço de Referência em Fissuras e Anomalias Craniofaciais (SFAC), da Fundação Santa Casa, o espaço vai proporcionar um ambiente mais adequado ao atendimento dos pacientes, e também representa a celebração de tudo o que foi conquistado até hoje, a partir da ação de diversos apoiadores.
O novo espaço funciona no 3º andar do Ambulatório de Pediatria da Santa Casa
“Esse serviço requer uma grande equipe e multidisciplinaridade, além de uma boa estrutura hospitalar da parte cirúrgica, já que são cirurgias de alta complexidade. A Santa Casa nos garantiu a estrutura e essa equipe engajada, por isso estamos hoje recebendo as novas instalações, comemorando e também mostrando o que a gente conseguiu conquistar nesses quatro de anos do Serviço, realizado sempre com muita qualidade e segurança do paciente, e com tudo o que é preciso para a reabilitação completa do paciente”, detalhou a cirurgiã.
Referência - Além da segurança, qualidade e abrangência do Serviço, os usuários ressaltaram a humanização do atendimento, que desde o início é voltado a garantir o bem-estar dos pacientes e acompanhantes, disse Jeane Vieira, integrante da Associação Sorrisos Largos de Apoio ao Fissurado Labiopalatal.
“Nós lutamos pela implantação de um serviço de referência, e quando soubemos, há quatro anos, que vinha pra Santa Casa, nós ficamos muito felizes, pois é um hospital que é referência para o Estado e garante esse atendimento digno para os pacientes, com capacidade para atender bem a grande demanda que necessita da correção”, ressaltou Jeane Vieira.
Desde 2018, a Santa Casa sedia o Serviço de Referência em Fissuras e Anomalias Craniofaciais no Pará. Atualmente, o Serviço tem mais de mil inscritos e realiza uma média mensal de 680 consultas ambulatoriais. A diretora Assistencial da Fundação Santa Casa, Norma Assunção, destacou a importância da parceria com a ONG Smile Train.
“A Santa Casa garantiu o espaço físico e a equipe multidisciplinar, e o Smile Train proporciona a capacitação permanente dos profissionais para a assistência aos pacientes com o que há de mais atual, e também colabora com a disponibilização de equipamentos modernos, o que garante os melhores resultados estéticos e funcionais”, informou a diretora.
Tratamento psicossocial - O espaço recebeu a edição do Art Impact for Health, iniciativa que incentiva atividades artísticas como parte do tratamento psicossocial dos pacientes. A representante da OMS e artista plástica Isabelle Wachsmuth esteve à frente da programação para as crianças no ambulatório, ambientado como uma floresta. No ato de entrega do espaço, ela comparou a ação da Smile Train na Santa Casa e na região ao movimento de um rio, que segue seu curso e vai se fortalecendo ao receber seus afluentes. “É essa reunião de esforços que vai possibilitar que o Serviço se fortaleça e alcance, a cada dia, mais pessoas necessitadas”, resumiu a artista.
Dentro da “Art Impact for Health”, Isabelle Wachsmuth conduz as crianças atendidas pelo Serviço por diferentes ambientes, nos quais podem fazer pintura facial e participar de oficinas de plantio sustentável e construção de brinquedos de miriti, uma tradição da Amazônia. O público ainda pode conferir uma exposição com obras do artista amazonense Kamboocito, e o concurso de arte Sorrisos da Amazônia, que premiará crianças.
Texto: Ascom/Fundação Santa Casa
