Menino de 9 anos recebe alta médica após transplante de rim na Fundação Santa Casa
Leandro Valente se submeteu ao transplante em 24 de setembro deste ano, hoje, ele foi para casa para alegria da família e da equipe do hospital
Leandro Valente cercado por familiares e profissionais de saúde momento antes de receber alta na Fundação Santa CasaLeandro Valente, de 9 anos, faz jus ao sobrenome. Ele enfrentou com coragem quatro anos de terapia renal antes de chegar o dia do transplante, em 24 de setembro deste ano. Nesta segunda-feira (17), ele recebeu a alta médica, para a alegria da família e da equipe que o atendeu na Fundação Santa Casa.
A partir de agora, Leandro terá acompanhamento ambulatorial no hospital, duas vezes por semana, para avaliação de rotina no pós-transplante. O padrasto, Davi Elyasafe, conta que o último ano de espera foi o mais difícil, pois o organismo do menino já não aceitava mais os cateteres necessários para a realização da diálise. O transplante era urgente e Leandro foi priorizado para receber o primeiro rim que chegasse à Santa Casa.
"A gente tinha muita esperança e acreditava que o rim iria chegar para ele a tempo, e graças a Deus chegou. Apesar de a gente estar esperando, foi uma surpresa muito boa e eu quero agradecer a toda a equipe da Santa Casa, pois não só o Leandro, mas todos nós fomos muito bem tratados e o meu filho foi bem cuidado, eles tiveram preocupação com os mínimos detalhes e o transplante foi um sucesso. E estou muito feliz por ele estar indo agora pra casa", afirma Davi.
A nefrologista pediátrica, Thaís Serra, acompanhou Leandro durante a terapia renal, no momento da cirurgia e no pós-cirúrgico. "Ainda bem que a gente recebeu a doação de um rim muito viável para ele, segundo a cirurgiã, parece que ele leu o manual, o rim começou a funcionar bem no sétimo dia após o transplante, ele começou a urinar bem e foi desinchando e hoje ele está indo embora com uma creatinina normal", explica a médica, que comemorou com a equipe a boa evolução da criança.
"Do ponto de vista médico, muda tudo. Ele era um paciente extremamente restrito, a começar pela alimentação, da ingestão de líquidos, precisava vir para hemodiálise todos os dias e precisa fazer muitas medicações para compensar o não funcionamento do rim. E agora com o transplante, ele retoma a função do rim, o que se reflete em vários aspectos do organismo dele como a redução de medicação, não precisar fazer mais diálise, vai poder comer, beber água", ressalta a especialista.
Desde 2019, a Santa Casa realizou 10 transplantes de rins, mas 20 crianças esperam na fila por um órgão, informa a enfermeira Adriana Benjamim, coordenadora do transplante renal pediátrico do hospital que ressalta a importância da doação de órgãos.
"A Santa Casa garante à criança transplantada todo o acompanhamento no pré, no intra e nos pós-cirúrgicos. A grande maioria das crianças transplantadas aqui está bem e hoje o transplante é de grande importância para os nossos pacientes que aguardam na fila. Por isso, é necessário que a sociedade se conscientize sobre a importância da doação de órgãos para salvar a vida dessas crianças que precisam desse ato de amor", conclui a coordenadora.
Texto de Etiene Andrade - Ascom Santa Casa.