Hospital Galileu promove oficinas de crochê e palestras em alusão à campanha Outubro Ros
Durante este mês, unidade ilumina sua fachada laço símbolo mundial da luta contra o câncer de mama
Com o objetivo de promover o empoderamento feminino e abrir ideias às novas práticas de empreendedorismo e de terapia dentro de um contexto hospitalar, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Grande Belém, promoveu, nesta quinta-feira (13), a 1º Edição da Oficina de Crochê. Mas, além do incentivo às práticas do artesanato, a programação tem como finalidade, alertar aos colaboradores, pacientes e acompanhantes, sobre o câncer de mama, o tipo de tumor mais comum entre as mulheres no Brasil.
A ação foi idealizada pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do Hospital. Ele se encaixa no Projeto de Artesanato Criativo que tem como finalidade, proporcionar aos usuários, o incentivo às técnicas manuais como um incremento de renda e uma terapia duradoura no processo de hospitalização. E para marcar o lançamento do projeto, a unidade, estrategicamente, fez com que na ação, os usuários e colaboradores, se conscientizassem sobre os meios de conter o avanço do câncer de mama.
“Os recursos manuais e de economia criativa, podem proporcionar uma melhora na evolução do quadro do paciente, por isso, vamos apostar no artesanato, e agora, especificamente, nas técnicas do crochê. Além disso, usamos a oficina para falarmos de um assunto muito importante, o Câncer de Mama, seu diagnóstico, exames, e possibilidades de tratamento”, ponderou a enfermeira Anne Segóvia, coordenadora da Humanização do Galileu.
As aulas do Projeto Artesanato Criativo são ministradas por voluntários. E poderão ser assistidas, periodicamente, por pacientes e acompanhantes. O material utilizado nas oficinas, como as linhas e agulhas, também é fruto de doação.
Experiência - A cabeleireira Shirley Galvão, de 39 anos, está internada no HPGE, há dois meses. Ela sofreu um acidente de motocicleta e fraturou a tíbia. Na unidade, ela já passou por cirurgias e está sendo acompanhada pela equipe multiprofissional. Ao saber da programação, logo quis participar e aprender as técnicas do crochê. “Gostei muito da iniciativa. Quem está internado, fica com ansiedade, fica com saudade da nossa casa, da nossa família. Esse projeto nos traz esperança de vida para a gente continuar o tratamento”, comentou.
A bailarina clássica, Fábio da Silva, sofreu um acidente na BR-316 e hoje faz acompanhamento no HPGE. “Eu fraturei a perna e o braço, mas consegui fazer tratamento no Galileu, o que me ajudou bastante. Quase entro em uma depressão. Aqui aprendi que tudo é possível. Nessa ação, estou aprendendo algo novo, uma profissão, quem sabe, para ter uma renda extra”, parabenizou.
Orientações- A programação contou com a participação de alunos de cursos de saúde de faculdade particular de Belém. Eles ministraram palestras sobre a importância do autocuidado como forma mais eficaz de identificar o tumor. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), a forma mais eficaz de identificar o câncer de mama é realizando o exame clínico das mamas e a mamografia, com ou sem sinais e sintomas.