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CÍRIO 2022

Adepará orienta para os cuidados com os alimentos da ceia do Círio de Nazaré

Atenção começa na embalagem, em que o consumidor deve procurar a data de validade, dos dados do produtor, como nome e CNPJ, e o selo de inspeção oficial

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
07/10/2022 11h22

O consumidor precisa ficar atento ao adquirir itens como a maniva, o tucupi, o jambu, produtos típicos consumidos no tradicional Círio de Nazaré, orienta a Agência de Defesa Agropecuária do Estado Pará (Adepará). Todos os produtos de origem animal e vegetal precisam estar de acordo com a regulamentação, antes de serem preparados, transformados, manipulados, recebidos, acondicionados, depositados e em trânsito.

A Adepará reforça que os cuidados com o alimento devem começar na hora da compra e a embalagem é o primeiro item a ser observado. Na embalagem, o consumidor deve procurar a data de validade, dos dados do produtor, como nome e CNPJ, e o selo de inspeção oficial. 

“Nós analisamos todas as fases do processo de produção dos alimentos, de origem animal e vegetal, realizando inspeções nas propriedades rurais, nas agroindústrias. Caso o estabelecimento esteja dentro dos padrões de qualidade e higiênico sanitários, nós o certificamos com o selo de qualidade. A inspeção e a fiscalização dos produtos também evitam fraudes em alimentos e garantem o cumprimento dos regulamentos técnicos de identidade e de qualidade dos produtos elaborados pelas indústrias alimentícias, garantindo, assim, produtos de qualidade para o consumo da população”, informa o médico veterinário, Jamir Macedo, diretor geral da Adepará.

Os alimentos não produzidos dentro de condições mínimas de higiene podem conter bactérias ou outros microorganismos, que podem prejudicar a saúde da população. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas e substâncias químicas podem causar mais de 200 doenças. Estimativas indicam que o impacto dos alimentos contaminados custa a países de baixa e média rendas cerca de US$ 95 bilhões, em produtividade perdidas a cada ano.

Qualidade - A garantia dessa qualidade é atestada pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE), certificação que garante que o produto possui controle, fiscalização e inspeção pela Agência. Portanto, o registro de um produto na Adepará significa para o consumidor a segurança de que ele está adquirindo um produto de acordo com as normas e exigências sanitárias.

Para ter a garantia de que um produto foi fabricado em estabelecimento registrado e em boas condições, o consumidor pode conferir os selos de inspeção impressos no rótulo da embalagem. São eles:

-Serviço de Inspeção Municipal (SIM)

-Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da Adepará

-Registro Artesanal da Adepará

-Serviço de Inspeção Federal (SIF)

-Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi)

Assim, a recomendação da Agência é a de que o consumidor verifique no rótulo todas as condições que estão sendo oferecidas, como: quem fabricou, data de fabricação, prazo de validade, lote, informações nutricionais e todas as informações inerentes ao produto, para que assim possa ter a garantia de estar consumindo um produto seguro e inspecionado pelos órgãos oficiais.

“O selo é colocado geralmente na frente do rótulo, em cima e à direita. Você procurou o selo na embalagem e não encontrou, tenha certeza que você está lidando com um produto clandestino e é esse tipo de produto que nós estamos trabalhando para retirar do mercado e fazer com que as pessoas produtoras se conscientizem e façam a fabricação de acordo com a legislação vigente , ou seja, adequando o local de fabrico para que nós tenhamos um produto seguro sem risco alimentar”, detalha o fiscal estadual agropecuário Hamilton Altamiro Shell, gerente da Inspeção de Produtos Artesanais de Origem Vegetal da Adepará.

Certificação – Os produtos mais consumidos durante as festas do Círio, como maniva, farinha e tucupi precisam estar registrados pela Agência de Defesa. Para iniciar o processo de regularização de uma agroindústria é necessário preencher requerimento para cadastramento da produção artesanal. Podem cadastrar-se pessoas físicas e jurídicas com a devida documentação.

Para o produtor, a certificação é a garantia de que ele pode comercializar em todo o estado. Para adquirir um dos registros, incluindo o Selo Artesanal da Agência para pequenos produtores, é preciso que os estabelecimentos adotem critérios para fabricação em relação às condições higiênico-sanitárias e garantam que o produto final esteja dentro dos padrões de identidade e qualidade, mantendo as características sensoriais e nutricionais.

A Agência de Defesa Agropecuária tem se comprometido em alinhar suas ações aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, garantir a segurança alimentar e a melhoria da nutrição, por meio da promoção de uma agricultura sustentável, conforme estabelece o ODS 2.

O produtor que precisa se regularizar deve procurar o escritório local da Adepará em seu município ou a Gerência de Inspeção e Classificação Vegetal (GICV). É preciso apresentar ao GICV documentos pessoais e fazer o requerimento solicitando o registro da empresa. Os documentos são: RG, comprovante de residência e CPF. No site da Adepará -  www.adepara.pa.gov.br - há os endereços dos escritórios da Agência em todos os municípios.

Serviço: A Adepará está presente nos 144 municípios paraenses e disponibiliza a Ouvidoria para receber denúncias. No site da Agência há os contatos dos escritórios das regionais. Os telefones são: 3210-1101, 1105 e 1121. Caso a preferência seja por celular, o contato é o (91) 99392-4264.