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CÍRIO 2022

Produção de alimentos para o Círio tem foco na qualidade e segurança com assistência técnica

Apoio garantido pela Emater e Adepará ajuda a manter produtos com qualidade para o mês de outubro

Por Dayane Baía (ARCON)
04/10/2022 12h02

Pato no tucupi e maniçoba são algumas das iguarias com aumento de consumo durante o mês de outubro, na época do Círio de Nazaré. Para garantir a qualidade dos alimentos, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) trabalham com orientações aos produtores paraenses.

Além do retorno oficial das comemorações após o auge da pandemia, a comercialização dos produtos recebeu um reforço especial. Desde junho, a maniçoba e o pato no tucupi se tornaram patrimônios culturais de natureza imaterial regulamentados pelas leis 9.601 e 9.606 de 2022.

Pedro Pinheiro, produtor de patos em Benevides, na região metropolitana de Belém, conta como organiza a distribuição ao longo do ano. “Minha produção desse ano foi de 500 aves, só para o período do Círio, e se eu tivesse mais, com certeza venderia mais. Durante o ano, foram criadas cerca de 800 aves, e aí vendo um pouquinho a cada época – Dia das Mães, Dia dos Pais, fim do ano e mais durante o Círio”, informa.

O produtor obtém apoio da Emater há 10 anos. Ele faz parte das mil famílias que recebem assistência técnica e extensão rural quanto à produção de maniva, tucupi, pato regional e hortaliças (alface, jambu e couve, entre outras) nos municípios de Belém (ilhas), Ananindeua, Marituba, Santa Izabel do Pará, Santa Bárbara, Santo Antônio do Tauá e Benevides.

De acordo com Paulo Lobato, diretor Técnico da Emater, todo o processo produtivo é acompanhado, incluindo a indicação de mercados consumidores nesse período, que costuma ter um aumento de até 40% na renda das famílias.

Todo o trabalho de assistência é realizado com antecedência para garantir a produção com qualidade em outubro. “No caso do pato, são aquelas orientações com relação à compra das matrizes e dos reprodutores, se for o caso, ou então já compra o patinho em desenvolvimento, com aproximadamente uma semana de vida. A Emater orienta a questão das vacinações, da alimentação para que ele possa adquirir um peso ideal para a venda”, comenta Paulo.

A maniva e as hortaliças necessitam de um prazo maior para estarem prontas para a colheita nessa época. “No caso da maniva, ela é plantada com bem mais antecedência, dependendo da espécie que era cultivada, se é uma espécie de ciclo curto, médio ou longo, que pode durar de 6 até 8 meses de desenvolvimento para que sejam colhidas as folhas. Após a colheita, os produtos já são direcionados para mercados pré-estabelecidos ou diretamente para as feiras ou supermercados, onde eles serão comercializados ou mesmo para atender encomendas prévias”, acrescenta.

Garantia de qualidade

A Adepará alerta para os cuidados ao comprar os alimentos típicos e enfatiza que os produtos de origem animal e vegetal precisam estar de acordo com a regulamentação, antes de serem preparados, transformados, manipulados, recebidos, acondicionados, depositados e em trânsito. Os produtos mais consumidos durante as festas do Círio, como maniva e tucupi, precisam estar registrados pela Agência de Defesa.

“A Adepará fiscaliza os estabelecimentos registrados na linha artesanal. E quando descobrimos algum ponto de produção de maniva ou de tucupi clandestinos, nós fazemos vistoria prévia para as adequações necessárias serem implementadas. Com a chegada do Círio, logicamente, que dada a grande procura pelo tucupi e pela maniva para as os pratos típicos, as nossas fábricas credenciadas aumentam a sua produção, da mesma forma como os clandestinos, que são alvo de fiscalização da vigilância sanitária”, destaca Hamilton Altamiro da Silva, fiscal agropecuário da gerência da Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Adepará.

Os alimentos não produzidos dentro de condições mínimas de higiene podem conter bactérias ou outros microrganismos, que podem prejudicar a saúde da população. Para ter a garantia de que um produto foi fabricado em estabelecimento registrado e em boas condições, o consumidor pode conferir os selos de inspeção impressos no rótulo da embalagem.