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"OUTUBRO ROSA"

Em Belém, oncológico infantil promove roda de conversa sobre câncer de mama

Equipe do hospital orientou colaboradores sobre a importância do autoexame e do diagnóstico precoce

Por Leila Cruz (HOL)
04/10/2022 09h04

Outubro traz diversas memórias afetivas para o povo paraense. O mês da fé, dos encontros familiares e de tantas recordações oriundas do Círio de Nazaré, também é cor de rosa, tom que remete à conscientização sobre a luta contra o câncer de mama. Em alusão à campanha Outubro Rosa, a equipe de Medicina do Trabalho do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), realizou, na manhã da segunda-feira (03), uma roda de conversa com colaboradores para conscientizar sobre a importância do autoexame e do diagnóstico precoce.

Nesta terça-feira (04), a equipe reúne novamente com novos grupos de colaboradores às 17h30 e às 19h30. E, na quarta-feira (05), às 19h30. Todos os encontros ocorrerão no auditório do 5° andar da instituição. Além de compartilhar informações sobre diagnóstico e tratamentos disponíveis, o movimento internacional Outubro Rosa atenta para a redução da mortalidade. No Brasil, as neoplasias mamárias ainda figuram como uma das principais causas de morte por câncer entre as mulheres. Para este ano, são estimados 780 casos novos até o final do ano no Pará, uma taxa bruta estimada de 18,24 casos a cada 100 mil habitantes.

“Nossa ação é voltada à promoção da saúde feminina. Abordamos o diagnóstico do câncer de mama e a prevenção de cânceres aos quais as mulheres podem estar sujeitas. Nosso principal objetivo é educar as pessoas para que elas compreendam que existem uma série de sinais e alterações que servem de alerta para agir em tempo hábil e procurar atendimento”, explicou o médico do trabalho do HOIOL, Márcio Maués.

As rodas de conversa também visam alcançar o público masculino, que pode desenvolver neoplasia nas mamas. “Além de alertá-los para a importância do autoexame, buscamos sensibilizá-los porque, existindo um problema de saúde como o câncer de mama dentro do seio domiciliar, ou no seu convívio social, é muito importante que os homens estejam sensíveis à situação e que contribuam para o sucesso do tratamento. O aspecto emocional das mulheres que adoecem é bastante comprometido e quanto maior o apoio emocional elas tiverem, melhor será”, afirmou Dr. Maués.

Ao abordar diferentes aspectos da doença, o especialista aponta sinais de alerta que, em qualquer idade, podem exigir exames e cuidados imediatos. “O autoexame ainda é um método bastante confiável e ele pode sinalizar que há algo de errado. Ao fazer a higiene íntima, por exemplo, é importante se tocar para sentir se há alguma formação de caroços. Em outras situações, a mulher pode observar se há alguma secreção saindo pela região do mamilo, ou se a pele da mama está com coloração e consistência diferentes”, afirmou o médico.

O encontro desta segunda-feira foi marcado pela exibição de um vídeo com o depoimento da servidora pública Ariane Diniz, que relatou ter sido acometida por um câncer de mama. Durante discurso emocionado da paulista, ela destacou a importância do autocuidado e da busca imediata por atendimento, quando necessário. “Fiz quimioterapia e fui submetida a um procedimento cirúrgico. O câncer foi retirado e foi feita uma reconstrução mamária”, recordou.

A técnica de enfermagem Silvana Pinheiro, de 49 anos, também compartilhou com os demais presentes a luta travada pela mãe contra um câncer de mama. “Essa roda de conversa foi bastante esclarecedora e eu pude compartilhar que, graças a Deus e ao diagnóstico precoce, minha mãe venceu a batalha e hoje está curada. Hoje em dia eu faço exames periódicos, pois sei que é importante. A gente precisa se cuidar”, afirmou.

Serviço: Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é referência na região Norte no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos. 

Texto: Ellyson Ramos - Ascom Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo