Feira da Agricultura Familiar da Semas é sucesso de público e vendas
Evento mensal, desta vez, reuniu produtores rurais dos municípios de Belém, Bragança, Mãe do Rio e Santa Izabel do Pará
A geração de renda a pequenos produtores rurais e o estímulo ao consumo de produtos agroecológicos, sem utilização de pesticidas, são alguns dos objetivos da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) ao promover mais uma Feira da Agricultura Familiar, em frente à sede da instituição, nesta quarta-feira (29).
O evento mensal é organizado pela Coordenadoria de Educação Ambiental (Ceam) e faz parte do Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (Peaaf) do Pará, que incentiva o desenvolvimento rural sustentável. Nesta edição, estiveram presentes com produtos nas barracas da feira, produtores rurais dos municípios de Belém, Bragança, Mãe do Rio e Santa Izabel do Pará.
Integrantes da Gerência de Sustentabilidade do órgão ambiental arrecadaram material reciclável entregue voluntariamente por servidores da instituição e moradores do entorno da Semas no Ecoponto instalado na feira. O Instituto Alachaster recolhe o material duas vezes por semana na sede do órgão, onde também são recebidos papel, plástico, pets, óleo de cozinha usado e outros produtos para reaproveitar e também encaminhar à cooperativa que recicla todo o material. O material reciclável é trocado por biofertilizantes e mudas de plantas ornamentais.
Izabele Carvalho, pedagoga da equipe organizadora, disse que a feira está sendo bem recebida pelos servidores da Semas e pelos moradores do bairro do Marco. “O movimento da freguesia hoje foi atraído por novidades como a geleia de pimenta e cosméticos de frutas regionais. Os produtores estão utilizando produtos naturais da cadeia de produção da agricultura familiar aproveitando a matéria-prima, com geração de renda às comunidades. Estamos fortalecendo a produção e a venda do pequeno produtor”, explica.
A vendedora de camarão, peixe e caranguejo, Alcilene Carvalho, falou que esses produtos são do Filé do Mangue, vindos da Vila do Treme, no município de Bragança, no nordeste do Pará. Ela participou de todas as edições da Feira da Agricultura Familiar. “No geral, a expectativa é melhorar o resultado do trabalho cada vez mais. Na pandemia diminuiu a venda, mas não deixou de vender. Faço delivery aos clientes, daqui da feira, sem taxa de entrega, aceito cartões de crédito e débito e Pix. O mais difícil é vender no dinheiro, falta troco”.
Pela primeira vez vendendo na feira, Marcelo Prado e Glenda Bianca, oferecem saboaria e cosméticos naturais, com utilização de matéria-prima oriunda da cooperativa ribeirinha Paraoil do município de Acará, também do nordeste paraense: sementes de cacau, muru-muru, cupuaçu, andiroba, copaíba, graviola, babaçu e de coco tradicional geram sabonetes, cremes, xampus e condicionadores sólidos, produzidos aqui em Belém. “A gente está gostando bastante. Para a primeira vez tá bom demais e o pessoal já começou a se acostumar. Os clientes perguntam se vamos voltar outras vezes. A gente recebe a matéria-prima e transformamos nos cosméticos naturais”, comemoram.
Vizinha da Semas, a dona de casa Raimunda Braga, frequenta a feira todas as vezes que é instalada bem perto da residência dela. “Aqui do lado de casa, vou sempre e levo a neta Louise. A feirinha é muito boa e compro frutas, legumes e verduras com mais frequência e às vezes compro também sabonete e camarão. Todos os meses dou uma olhada e levo alguma coisa que preciso em casa”.
Luciene Chaves, servidora da Semas, considera os produtos oferecidos muito bons e saudáveis. “Sempre compro. É um incentivo para a agricultura familiar e ao consumo de produtos orgânicos. Estou levando abacaxi, manga, acerola, goiaba, cheiro-verde e outros. Pena que seja só uma vez por mês.”
A produtora de geleia caseira, Erlândia Araújo, afirma que além da produção da geleia de pimenta dedo-de-moça e de goiaba também fornece café da manhã em casa. “É a primeira vez que venho vender na feira e a aceitação tem sido muito boa, principalmente a geleia de pimenta para ser consumida com bolacha, torrada e até na própria refeição. É 100% natural, sem conservante e faz bem à saúde. Pode até provar antes de comprar”, indica a degustação para o cliente.
