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SAÚDE PÚBLICA

Sespa orienta população sobre tratamento do diabetes pelo SUS

Alimentação balanceada e atividade física são aliados na prevenção e no tratamento da doença

Por Mozart Lira (SESPA)
24/06/2022 17h58

Em função do Dia Nacional de Combate ao Diabetes – 26 de Junho, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) reforça o alerta para que a população procure as Unidades Básicas de Saúde (UBS), do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de verificar a possível ocorrência da doença e a necessidade de adesão ao tratamento gratuito, associado às mudanças de hábito e estilo de vida.Atividade física regular é fundamental na prevenção

A população pode procurar as UBS para reduzir as complicações do diabetes associadas a outros fatores de risco, como tabagismo, inatividade física, alimentação inadequada, sobrepeso e obesidade. Por se tratar de uma doença progressiva, se não for tratada adequadamente pode ocasionar complicações, como doenças cardiovasculares, insuficiência renal, perda de visão e até amputação de membros.

O atendimento oferece informações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos gratuitos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados. Para ter acesso é preciso que o paciente passe por consulta com o clínico na UBS.

Procurar a Atenção Básica e diagnosticar a doença permite iniciar logo o tratamento e evitar complicaçõesRedução – Dados mais recentes do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (Sisab), do Ministério da Saúde, atualizados até abril deste ano, mostram que 60% dos 126.430 pacientes cadastrados para tratamento de diabetes no Pará, pelo SUS, são do sexo feminino. 

Em relação ao número de internações, 5.819 pessoas no Pará – das quais 2.975 mulheres - foram hospitalizadas em decorrência de diabetes em 2020. No ano seguinte, o número de internações foi para 6.157 - dos quais 3.104 homens, gênero então predominante.

Nos dois períodos, as faixas etárias mais recorrentes na internação foram: 60 a 69 anos; 50 a 59 anos e 70 a 79 anos. Todas as faixas etárias são atingidas, especialmente mulheres entre 55 e 59 anos, e homens entre 60 e 64 anos. 

O diabetes é apontado ainda como a segunda comorbidade mais recorrente entre as pessoas que testaram positivo para Covid-19 no Pará, correspondendo a 2,27% do total de casos confirmados – só perdendo para cardiopatas, com 2,94%.

Alimentação balanceada ajuda a prevenir a doençaPara orientar e capacitar os profissionais das Unidades Básicas de Saúde sobre o fluxo de atendimento a pacientes com diabetes, a equipe da Coordenação de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (CDCNT) da Sespa realizou, entre janeiro de 2021 e maio deste ano, 74 atividades em Belém e municípios do interior, que também incluíram assessoramento técnico para a implantação/implementação de ações e programas, apoiando as secretarias municipais de Saúde.

Mudança de hábito - “São atividades que alertam para a gravidade da doença associada a outros fatores de risco, como hipertensão, inatividade física, alimentação inadequada, obesidade e tabagismo, que geram impactos econômicos e sociais. Assim, torna-se necessária e permanente a articulação de estratégias de intervenção para prevenção, diagnóstico precoce e controle de diabetes”, explicou Sílvia Corrêa, coordenadora estadual da CDCNT da Sespa, lembrando que as ações também incentivam a adoção de uma alimentação saudável e balanceada, e a prática de atividades físicas, por meio de capacitações para profissionais dos municípios sobre o Guia Alimentar para a População Brasileira, Programa Academia da Saúde, Programa Crescer Saudável e Programa Saúde na Escola. São iniciativas do Governo Federal, orientadas e monitoradas pela Sespa e executadas pelas secretarias municipais.

Segundo Sílvia Corrêa, durante as capacitações é enfatizado o fluxo de atendimento para o paciente diabético, que começa nas Unidades de Saúde com as equipes de Atenção Primária, onde são oferecidas, gratuitamente, ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulina.

Se o paciente apresentar intercorrências nessa fase do tratamento, e dependendo do diagnóstico, pode ser referenciado para unidades de média e alta complexidade, que mantêm atendimento de referência em endocrinologia.