Espaço Acolher do Hospital Ophir Loyola celebra o mês junino
Pensando na humanização, no acolhimento e na inclusão social dos pacientes, o Hospital Ophir Loyola (HOL), por meio do Espaço Acolher, projeto de oncologia integrativa, realizou a “Festa Junina do Acolher”, nesta segunda-feira (13). As programações socioculturais são uma das estratégias de enfrentamento ao câncer e contribuem com uma melhor adesão ao tratamento, amenizando dores físicas e emocionais.
“A gente sabe que esperar por um procedimento, uma consulta ou realização da quimioterapia pode causar muita ansiedade e medo no enfermo, ainda mais se tratando de câncer. Por isso, a nossa ideia é trazer alegria, esperança e descontração para o ambiente, deixando o dia a dia mais leve”, enfatizou a assistente social, Eulália Martins.
Em 2019, a paciente Maria de Lourdes Nascimento começou a sentir bastante dor e a notar sangue nas fezes, foi quando ela percebeu que havia algo de errado. Decidiu buscar ajuda médica, realizou o exame de colonoscopia e a biópsia, sendo diagnosticada com câncer de cólon e reto.
“Eu já imaginava que era câncer, mas fiquei tranquila com a notícia, quem se assustou mais foram os meus familiares. Vim para o HOL no momento de pico da pandemia e isso fez com que o meu tratamento atrasasse, porque eu mesma tinha medo de sair de casa para vir ao hospital. No entanto, realizei a cirurgia de retirada do tumor e hoje faço quimioterapia”, contou Maria de Lourdes.
Durante o tratamento contra a neoplasia maligna e com as vindas frequentes ao hospital, Maria se encantou com o Espaço Acolher. “Conheci o Espaço Acolher durante as sessões, aqui eu me encontrei, pois eu vi que existem pessoas iguais a mim e que voltaram a sorrir. Me sinto feliz, sorridente, aprendi a fazer artesanatos, e sempre que tem festa, participo. As pessoas não tem ideia quanto isso é gratificante para nós, é um momento de esquecermos da nossa luta diária contra o câncer”, concluiu.
Para dar um toque junino, o espaço foi todo enfeitado com chapéu de palha e bandeirinhas. Quem participou da festa pôde saborear as delícias de junho, vatapá, mingau de milho, pé de moleque e paçoca. Além de aproveitar a quadrilha formada por pacientes e servidores, música ao vivo promovida pelo voluntário e servidor do HOL, Anderson Paixão.
A amazonense, Marilene dos Santos, 56 anos, está em tratamento no HOL há um ano. Ela conta que em janeiro de 2021, durante o banho, sentiu um nódulo no seio e três na área da axila. Foi ao posto de saúde, realizou os exames, biópsia e foi diagnosticada com neoplasia maligna de mama. Em maio deste ano, finalizou a quimioterapia e irá para a segunda parte do tratamento, a cirurgia, que está prestes a ser realizada.
“Quando soube da doença, fiquei muito aflita, quase entrei em depressão profunda. Mas Deus e a minha fé me ergueram. O HOL é uma casa para mim, só tenho a agradecer a essa instituição, que já fez e faz muito por mim. Sou grata também a todas as pessoas, desde o profissional da limpeza até os médicos, não tenho do que reclamar. Atitudes como essa do Espaço Acolher, por mais simples que possam parecer, transformam o nosso dia a dia e elevam a nossa autoestima. Tudo serve de incentivo para que nosso tratamento siga de forma mais leve, tranquila e nos lembra que essa doença tem cura”, afirmou Marilene dos Santos.
A celebração também estimula a convivência entre os pacientes para que haja interação social. O evento junino é um dos recursos terapêuticos utilizados pelos profissionais do HOL também para valorizar a cultura popular e resgatar as memórias afetivas dos pacientes.
Texto:Viviane Nogueira - Ascom Hospital Ophir Loyola
