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Hospital Ophir Loyola aborda o papel do líder em tempos de crise

Cerca de 60 profissionais participam da formação, oferecida em parceria com a Escola de Governança Pública

Por Leila Cruz (HOL)
09/06/2022 18h21

O Hospital Ophir Loyola (HOL), em parceria com Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA), promove desde a última quarta-feira (08) o curso “Liderança Pública em Tempos de Crise” para os coordenadores da instituição. Cerca de 60 profissionais participam da formação, que visa mostrar o papel da liderança na contemporaneidade, bem como as competências e as habilidades profissionais e interpessoais necessárias para motivar a equipe a manter um bom desempenho, superar desafios e trazer resultados satisfatórios para a instituição de saúde.

Os participantes foram recepcionados pela diretora-geral, Ivete Vaz, que citou o papel fundamental dos líderes na tomada de decisão no dia a dia, e ressaltou a importância de todos como agentes de mudanças.

A supervisora de Seleção e Desenvolvimento de Gestão de Pessoas do HOL, Graça Silveira, explicou que o curso faz parte da grade de capacitação do exercício de 2022. “Temos oito cursos em parceria com a Escola de Governança. A nossa preocupação é com a formação de gestores, para motivá-los a buscar conhecimento e obter qualidade na liderança”, disse.

A capacitação é ministrada pela professora Vera Pimentel, da EGPA. Segundo a docente, os profissionais que estão em cargos de liderança precisam dar exemplos, ter práticas de empatia e ser agregadores, principalmente nesse período de pandemia, com aumento de casos de depressão e problemas financeiros.

Modelo - “O líder precisa ser modelo para os liderados, mas também precisa cuidar da saúde mental dele, porque a chegada da pandemia foi muito difícil para todos. E mesmo em tempos de isolamento, os hospitais não param. É preciso conduzir os processos de uma maneira mais harmoniosa e humana. A humanização hoje é a palavra-chave. Se não houver esse lado mais humano, as pessoas vão adoecer mais. Os próprios gestores também precisam ser cuidados. Também precisam ser agregados por outros superiores”, afirmou.

A liderança moderna deve buscar essa humanização, principalmente nos setores onde se percebe a fragilidade extrema das pessoas. Para Vera Pimentel, um bom líder precisa ser solícito e praticar a servidão. “Não me refiro à servidão de ser menos líder, mas ao profissional que congrega e participa junto com os colaboradores das decisões. Isso é primordial para que qualquer instituição consiga atingir metas. Sem isso, você não vai ter líder; você vai ter chefe. Aquele chefe que pensa que atingiu um cargo e que vai mandar e desmandar. O pensamento mudou, e isso não existe mais. O líder é o que te dá o exemplo. Não adianta mostrar uma fala, e praticar outra. Ele precisa praticar aquilo que deseja obter de seus liderados, para não ser incoerente”, enfatizou.

Diálogo - O curso abordou a teoria para mostrar o perfil de líderes na atualidade e promover a reflexão sobre práticas tomadas por chefias dentro do hospital. Coordenador da Divisão de Arquivo Médico e Estatística, Marcelo Monteiro considera a formação muito proveitosa. “Às vezes, temos uma visão equivocada de como agir com alguns dos nossos colaboradores. Alguns têm problemas pessoais em casa e a gente não sabe. Sofre com déficit de atenção ou outras situações. O curso vem nos confrontar e mostrar que devemos nos aproximar dos liderados, conversar para resolver e ajudá-los a se desenvolver na área de atuação”, frisou Marcelo Monteiro, que lidera uma equipe de 24 pessoas.

A iniciativa também foi aprovada pela nefrologista Márcia Rodrigues, que está à frente do Serviço de Hemodiálise. “Agradeço ao hospital e à EGPA pela oportunidade. É extremamente importante capacitar e buscar conhecimento, a fim de termos líderes preparados emocional e tecnicamente para ouvir os anseios e as problemáticas que devem ser resolvidas. Esse curso é engrandecedor e, como gestora, busco sempre a atualização de conhecimentos, para melhor atender o paciente e contribuir para a evolução do hospital como um todo”, afirmou a médica.

Texto: Leila Cruz - Ascom/Ophir Loyola