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INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Startup Pará finaliza primeiro mês da qualificação para novos negócios

Projetos de Belém e outros 16 municípios paraenses participam dessa fase que conta com oficinas, workshops e mentorias

Por Jeniffer Galvão (SECTET)
31/05/2022 14h24

Os participantes selecionados para a qualificação do Startup Pará nas modalidades de aceleração e novos negócios concluíram um mês de atividades, que seguirão pelos próximos meses, com encontros semanais. O Statup Pará é um programa do governo do Estado desenvolvido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceria com a Secretaria de Administração e Planejamento (Seplad), e a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), com o apoio técnico da Fundação Guamá.

Na fase de qualificação está programado um total de oito Sprints - período de tarefas realizadas em grupo - e quatro já foram finalizados com oficinas, diagnóstico, mentoria em grupo e individual, assessoria, workshops e checkpoint.

Durante os workshops, os participantes da modalidade de aceleração passaram pela fase de validação, onde foram identificados problemas e possíveis soluções paras as startups. Eles também tiveram a etapa de produto, em que foram transferidos os benefícios identificados e as regras de negócio definidas na fase anterior, para características e capacidade dos produtos de tecnologia a serem desenvolvidos ou integrados aos parceiros de mercado.

Já os proponentes de novos negócios fizeram as fases de validação de problemas e modelo de negócio, que avalia o padrão de negócio mais adequado para cada projeto.

No total, 79 propostas de Belém e outros 16 municípios do Estado foram selecionadas para fase de capacitação do programa. Keely Meireles participa na categoria de novos negócios com um projeto que oferece tecnologia ecológica para o tratamento de resíduos sanitários das embarcações da Amazônia. A iniciativa é resultado da pesquisa de doutorado e visa a oferecer um sistema de tratamento que resolva o problema da contaminação dos rios.

Qualificação importante

A ideia de transformar a pesquisa em negócio veio com o programa Startup Pará. “Existe um mundo que está se abrindo, um mundo de possibilidades que só o ambiente acadêmico não nos permite ver. Com o processo de startup eu consigo ver melhor esse mundo de oportunidades e a qualificação pelo Startup Pará tem me fornecido essa visão", comenta Keely Meireles. 

Daniel Júnior está no programa: 'Sou só gratidão à instituição por me proporcionar um conhecimento novo'.Daniel Junior também participa da capacitação com uma proposta de negócio que oferece serviços de introdução de artistas paraenses nas plataformas do mercado virtual em tokens não fungíveis, mercadorias com valores variáveis. A iniciativa pretende auxiliar o nicho de artistas nas áreas de pintura, música, ilustração, entre outras. 

Para ele, o treinamento oferecido pelo programa tem sido uma experiência estimulante, com profissionais renomados do estado e atividades que proporcionam recursos técnicos para o desenvolvimento das startups.

“Eu tenho participado ativamente e a cada semana consigo sentir minha evolução como profissional. Desde o primeiro momento em que pensei em me inscrever no edital da Sectet até a etapa de validação, sou só gratidão à instituição por me proporcionar um conhecimento novo sobre o mundo do empreendedorismo”, declara.

Etapa de classificação

A etapa de capacitação é classificatória, com 1800 horas de treinamentos para aprofundar o conhecimento sobre os negócios propostos e suas reais condições de desenvolvimento. Ao final deste ciclo, os participantes serão avaliados por representantes da Sectet, consultores e especialistas convidados.

Os depoimentos dos participantes mostram que o programa nessa fase de qualificação cumpre o objetivo de apresentar ferramentas, técnicas e conceitos para que empreendedores avaliem suas ideias, seus produtos e modelos de negócios.

“Quando começamos um negócio, precisamos ter o cuidado de não levar a sério demais as suposições ou as crenças que a gente tem em relação aos resultados. Claro, ninguém vai achar que está começando um negócio que não vai dar retorno, mas aí está o desafio”, reforça Fabrício de Paula, representante de uma das empresas credenciadas pela Fundação Guamá, responsável pela execução técnica do programa. 

Luiz Melo é fundador de uma startup que democratiza o acesso de pequenas e médias farmácias ao comércio eletrônico. “Esse ano, com nossa participação no Startup Pará, fizemos algumas modificações ainda mais aceleradas devido às mentorias. No networking que fizemos com os integrantes das outras startups, observamos que precisávamos mudar algumas características da nossa empresa para poder crescer mais rápido e de forma mais saudável do ponto de vista financeiro”, conclui.

Com informações da Ascom Fundação Guamá