Universidade do Estado do Pará promove Ciência Itinerante no Marajó
As ações de extensão da Uepa propagam novas oportunidades, estudantes universitários e a sociedade, em geral
Com vistas à construção de um espaço pedagógico ampliado e interdisciplinar, o programa Ciência Itinerante organizado pelos professores Ronilson Freitas e Lucinéa Barbosa, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Salvaterra, no Marajó, vem sendo desenvolvido desde 2015, para motivar e estimular a realização da divulgação da ciência junto a escolas locais. As ações de extensão da Uepa propagam novas oportunidades, não só para os alunos da instituição, como para toda a sociedade.
Nesse sentido, o Campus XIX, mobiliza atuações através de dinâmicas teóricas e práticas. O professor do curso de Licenciatura em Química, Ronilson Freitas, está à frente dos projetos Ciência Itinerante e Brinquedoteca Intinerante - Espaço da Criança. Ele acredita que a proposta ajuda a potencializar a iniciação científica no âmbito educacional dos municípios envolvidos, "além de instigar a comunidade acadêmica e escolar para conhecer, discutir e se apropriar do conhecimento produzido no meio acadêmico, que resulta na contribuição para o desenvolvimento socioambiental do seu contexto geográfico", afirma professor Ronilson.
Brinquedoteca itinerante - Espaço da Criança
O projeto da Brinquedoteca Itinerante realiza atividades desde 2017, e foi apresentado na II Feira Ciências Municipal de Salvaterra (FeCMSal), sob o nome “Espaço da Criança”, voltado a crianças. Além do professor Ronilson Freitas, o projeto envolve as professoras Carmelita de Fátima e Ruth Helena, e é executado por alunos dos cursos de graduação em Pedagogia, História e Ciências Naturais. Os alunos articularam todas as etapas de execução, a sequência de atividades, os instrumentos pedagógicos, e a definição do tempo para cada atividade, organizando a recepção e o acolhimento das crianças.
A proposta era de realizar atividades pedagógicas itinerantes e contribuir para a aprendizagem dos alunos de escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental Menor, do município de Salvaterra.
A ideia é envolver atividades lúdicas, para garantir a aprendizagem, como forma de estimular a autonomia e a interação entre os alunos (crianças) e os mediadores (estudantes universitários). Nas atividades da Brinquedoteca, são visitadas escolas dos municípios da microrregião do Arari-Marajó.
A participante do projeto, Beatriz Bandeira, aluna do curso de licenciatura em química, ressalta que a experiência permite que os alunos se depararem com realidades diferentes. "São iniciativas que somam com a nossa formação, temos a oportunidade de conhecer os mais variados cenários que, futuramente, iremos nos deparar quanto profissionais. Além da preparação para esses ambientes, também há reforço para troca de conhecimentos, o que faz com que a pesquisa e a extensão caminhem juntos", afirmou.
Incentivos
A oferta de bolsas e projetos para os discentes, é apontada como mais um aspecto positivo dos projetos. "Sem dúvida é muito significativo, durante o período de formação, contar com uma bolsa. Essa é uma forma de incentivar e estimular os estudantes", disse a aluna do curso de licenciatura em Química, Dhulyan Maglim. Ela afirma ainda que o projeto é uma forma muito adequada para desenvolver as demandas que sua graduação oferta, e que possibilita adquirir conhecimentos para além da sala de aula.
Ambos os projetos refletem o compromisso social da Uepa com a sociedade marajoara, socializando o conhecimento científico e pedagógico oferecido pelos cursos de graduação, com articulação entre ensino, extensão e pesquisa, trabalhando de forma interdepartamental e interinstitucional", explicou o professor Ronilson. Ele ressalta ainda a necessidade de que os futuros profissionais tenham experiências em espaços reais, pois essa "é uma forma de superar a formação cada vez mais fragmentada e disciplinar, que acaba por refletir nas suas atitudes profissionais".
Os trabalhos são produzidos por estudantes e professores, expostos a vários olhares de diversos campos disciplinares, de diferentes instituições e do público em geral. "Isso desponta como um dos resultados positivos no que tange a área do intercâmbio técnico-científico do conhecimento. Este programa itinerante de ciências vem proporcionando o desenvolvimento de saberes e práticas educativas imprescindíveis à consolidação da pesquisa e investigação científica no contexto escolar", conclui o professor Ronilson.
Texto de Vitória Reimão (Ascom Uepa)